Os professores da rede privada do Triângulo Mineiro decidiram intensificar a mobilização para garantir seus direitos. Amanhã, eles paralisam as atividades nos três turnos e fazem assembleia, às 16h30, no Anfiteatro da Sociedade Médica de Uberlândia (avenida Cesário Alvim, 2 , centro).
Está prevista uma intensa programação, com manifestações e atividades culturais na praça Tubal Vilela, em Uberlândia, a partir de 8h. Além disso, os professores vão promover uma intervenção na Câmara dos Vereadores de Uberlândia, às 9h, depois saem em passeata até a porta do Sinepe/TM. No dia 7 de maio, às 9h, a diretoria do Sinpro Minas se reúne com o patronal para discutir as reivindicações da categoria.
Na Campanha Salarial 2010, os docentes reivindicam a recomposição da perda salarial correspondente ao INPC acumulado no período de 2009/2010, atingindo 11,07% e mais um ganho real de 5,25%. É bom lembrar que as escolas aumentaram as mensalidades muito acima da inflação, contudo não repassaram o reajuste aos professores. Os docentes requerem também a implementação de planos de carreira e de cargos e salários, a regulamentação da educação a distância, entre outros itens referentes à melhoria das condições de trabalho.
A manutenção dos direitos da categoria está sob ameaça, pois a contraproposta apresentada pelo Sinepe/TM (sindicato dos donos de escolas) prevê a redução do adicional extraclasse em 10%, fim da cláusula da Isonomia Salarial, limite do Adicional por Tempo de Serviço em 5%, sendo que hoje ele chega a 25%, retirada da "Semana do Professor" em outubro, fim da Garantia de Emprego (90 dias) e recomposição salarial menor do que o INPC 2009/2010. Estas imposições do patronal colocam o piso salarial dos professores do Triângulo Mineiro entre os menores de Minas Gerais.
Para a diretoria do Sinpro Minas, não há razões de ordem econômica, como alegam os donos de escolas, para deixar de atender às reivindicações da categoria, uma vez que a economia vem crescendo a cada mês. Além disso, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de 6%, e, de acordo com pesquisa do Dieese, 79% das categorias com data-base no último período tiveram aumento real.