Por conta do reajuste anunciado esta semana, será preciso adotar medidas para que as vendas não caiam, significativamente, nos primeiros meses
Preço da cerveja, do refrigerante e da água estarão mais caros, devido ao reajuste de 3%. Aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), previsto para o setor de bebidas frias, foi a medida escolhida como forma de compensar a queda da arrecadação tributária incluída na nova versão do Plano Brasil Maior. Para alguns proprietários de distribuidoras, o preço ainda não aumentou e outros garantem que já é possível perceber o reajuste.
Segundo um proprietário que preferiu não se identificar, o preço de compra ainda continua o mesmo e, caso o reajuste seja de 3%, o aumento não será tão significativo. “Ainda estou comprando caixas de cerveja e fardos de refrigerante e água pelo mesmo preço. Fui apenas comunicado de que terá esse aumento, mas ainda não fomos informados de quando e quanto. Mas se for mesmo de 3%, acredito que o consumidor não sentirá tanto, pois o acréscimo deverá ser de R$ 2, por exemplo, em cada caixa de cerveja, que hoje está sendo vendida entre R$ 70 e R$ 74”, explica.
Além disso, o comerciante ressalta que o aumento no valor das bebidas nesta época do ano é atípico, pois o reajuste normalmente acontece no fim do ano, quando são realizadas festas comemorativas – Natal e réveillon.
Proprietária de outra distribuidora, Fabiana Oliveira conta que percebeu que a indústria de bebidas já está vendendo o produto um pouco mais caro e acredita que os consumidores vão sentir sim o aumento, principalmente do valor dos refrigerantes. “Fui informada sobre este reajuste, mas já é possível perceber o aumento substancial nos preços das bebidas, que já estão alguns centavos mais caras. Quanto ao reajuste de 3%, não tenho dúvidas de que o consumidor vai questionar o valor cobrado, mas isso será no inicio. No primeiro mês, as vendas caem, mas depois o cliente acaba se acostumando com os novos valores. Ainda é possível perceber que os mais insatisfeitos são aqueles que compram refrigerantes e água, pois consomem o produto no dia-a-dia. Os consumidores de bebidas alcoólicas não questionam tanto o valor”, explica Fabiana.
Ainda segundo a empresária, por conta deste reajuste será preciso adotar medidas para que as vendas não caiam, significativamente, durante os primeiros meses. “Iremos fazer promoções para chamar a atenção dos clientes e descontos quando a pessoa comprar grande quantidade de produtos”, afirma.