As urnas começarão a ser fechadas a partir de 18h, no horário local, e o encerramento será feito até o início da madrugada desta quarta-feira
Não há uma previsão exata para divulgação dos resultados (Foto/David Becker/Getty Images via AFP)
O mundo tem atenções voltadas às eleições nos Estados Unidos nesta terça-feira (5), com a acirrada disputa entre Donald Trump e Kamala Harris. As urnas começarão a ser fechadas a partir de 18h, no horário local, e o encerramento será feito até o início da madrugada desta quarta-feira (6).
Diferentemente do que ocorre no Brasil, em que há uma previsibilidade sobre a divulgação dos resultados das eleições, nos Estados Unidos não é possível precisar quando o nome do próximo presidente será conhecido. Em 2020, por exemplo, a eleição de Joe Biden só foi confirmada no sábado, quatro dias após o fechamento das urnas.
Já em 2016, quando Donald Trump venceu a disputa contra Hillary Clinton, o veredito veio horas após o fechamento das urnas, no início da madrugada de quarta-feira. Com uma votação acirrada, agências internacionais não cravam nenhum horário para o resultado oficial. Enquanto algumas instituições projetam uma definição ágil, outras projetam um cenário se arrastando até o final da semana.
O desenlace da eleição para a Casa Branca depende, dentre outros fatores, do fechamento das urnas nos chamados estados ‘pêndulos’, que são os decisivos para selar a vitória de Trump ou Harris. Na Pensilvânia, onde quem vence a eleição no estado desde 2008 é eleito presidente dos EUA, as urnas serão fechadas às 20h e, só a partir deste horário, a apuração dos votos vai ser iniciada.
Outros estados importantes são Minnesota, Michigan, Wisconsin, Geórgia, Arizona e Carolina do Norte. Nestes locais, os que terão a finalização dos votos em horário mais tardio serão Arizona, Wisconsin e Michigan, às 21h. Em outras regiões, a previsão mais esticada é para o Alasca, em que as urnas só deixam de receber votos na madrugada desta quarta-feira.
Contagem e votos
A apuração e contabilização dos votos é feita separadamente entre os emitidos no dia da eleição, que costumam ser contados inicialmente. Por último, são contabilizados os sufrágios enviados antecipadamente por correio e votos estrangeiros e militares. No processo de verificação das cédulas, há uma comparação com o número de eleitores ativos.
Para ser eleito presidente dos Estados Unidos, um candidato precisa alcançar o “número mágico”: a maioria (metade mais 1) dos votos no Colégio Eleitoral, ou seja, 270 votos.
A quantidade de votos no Colégio Eleitoral varia entre os Estados. A Califórnia, por exemplo, possui 54, um número maior que a combinação de Michigan, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte juntos.
Na apuração dos votos, 48 dos 50 Estados adotam a sistemática “winner takes all”, ou “o vencedor leva tudo”. É o que acontece, por exemplo, no Estado da Califórnia. Lá, basta que o candidato conquiste a maioria dos votos (mesmo que pouco mais da metade) para que leve todos os votos do Colégio Eleitoral.
Se um candidato ganhar o Estado da Califórnia pela diferença de 1 milhão de votos ou de um voto, vai levar todos os votos da Califórnia. Alguns Estados têm preferência por um ou outro partido. Os Estados-pêndulo são aqueles que oscilam entre os partidos.
Nesta eleição, eles são nove, de acordo com pesquisas realizadas pelo Real Clear Polling (consultadas em 24.10.2024) e representam um número significativo de delegados: 104 de um total de 538, conforme mostra o mapa acima.
Fonte: O Tempo