Reintegração de posse da Inhumas depende da Justiça

Com o único objetivo de garantir a retomada de posse do proprietário da fazenda Inhumas, invadida pela terceira vez por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O advogado Frederico Diamantino Silva disse à reportagem do Jornal da Manhã que aguarda para qualquer momento a expedição de uma nova liminar, garantindo novamente a reintegração de posse da área ocupada.

Segundo Diamantino, na segunda-feira, 28 de fevereiro, um dia após o grupo descumprir a ordem judicial, ele encaminhou à 12ª Vara Federal de Minas Gerais uma petição informando o descumprimento por parte dos membros do MST da um mandado de reintegração de posse. “Nós anexamos documentos comprovando que os trabalhadores descumpriram uma ordem judicial que garante a reintegração de posse ao proprietário”, comenta.

Mesmo com o fracasso da reunião de anteontem com os trabalhadores sem-terra, que afirmaram permanecer nas terras da fazenda Inhumas, Diamantino se diz confiante. “Temos certeza que dentro de alguns dias teremos novidades”, finaliza.

A invasão. A fazenda Inhumas foi invadida pela primeira vez em dezembro de 2008. Passado pouco mais de um mês, a fazenda foi invadida novamente, desta vez no mês de janeiro de 2009, onde os sem-terra permaneceram até sair a decisão da Justiça Federal determinando a reintegração de posse.

No dia 17 de fevereiro, polícias Militar e Civil, juntamente com oficiais de Justiça, cumpriram a reintegração de posse. De forma pacífica, os trabalhadores rurais se dirigiram à fazenda Cedro, vizinha de cerca da Inhumas. Nove dias após a retirada do grupo, os invasores ocuparam a área e garantem que de lá não saem mais.