Renda do trabalhador cresce 4%

Em maio deste ano a renda média real do trabalhador atingiu R$ 1.578,50, o que é 4% maior que a do ano

Boa notícia para a economia. O rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros, aquele em que a inflação já está descontada, ficou em R$ 1.578,50 no mês de junho – o maior já registrado para um sexto mês do ano pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada desde março de 2002 pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, o resultado é 0,5% maior na comparação com o mês de maio, e 4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Analistas afirmam que o aumento do rendimento se explica por diversos fatores, como o aumento do salário-mínimo e um cenário econômico mais favorável. Por outro lado, os mesmos especialistas apontam uma maior qualidade do emprego em função de um contingente maior de pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada. Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã, o economista uberabense Marco Antonio Nogueira, lembra que vários segmentos “ganham” com essa notícia. O primeiro deles é a formalização do emprego e a previdência, já que, mais trabalhadores formalizados significa um aumento na contribuição. “Outro segmento beneficiado é o de bens de consumo como carros e geladeiras, já que o trabalhador, com a melhora da renda média mensal, pode investir em bens duráveis que exijam pagamentos de mensalidades a perder de vista”, explica, lembrando que também há aumento real no consumo de produtos que antes eram considerados supérfluos para a classe média. “Atividades como sair para jantar fora se tornam mais comuns. Ou seja, a roda da economia é girada de forma sensível quando se tem aumento da renda”, completa.