Reposição de aulas preocupa

Pais de alunos aguardam com ansiedade o fim da paralisação dos professores da rede estadual de ensino – que pode, na próxima assembleia da categoria, agendada para terça-feira (18), chegar a uma definição, após 37 dias de greve.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) garante que vai estipular as datas de reposição das aulas depois que a greve estiver encerrada. Porém, a coordenadora-geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, acredita que a tendência é de que, realmente, as classes sejam reagendadas durante os recessos escolares. “A rede estadual é composta por 4 mil instituições, com mais da metade delas em greve, que atende 2,5 milhões de estudantes. Então, só discutiremos esta solução adiante. Certo é que vamos nos reunir em um colegiado, com a participação de representantes das comunidades, para acertar as reposições”, esclarece Beatriz.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE), por meio de sua assessoria, lembra que o ano letivo é constituído por 200 dias e 800 horas de aulas e que, semana que vem, os alunos prejudicados e suas famílias poderão ter uma posição. A SEE afirma que reuniões serão realizadas e aponta o aproveitamento do sábado como uma alternativa para recuperar o “tempo perdido”.

Os servidores da Educação se reuniram com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, na quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em mais uma etapa das negociações entre o Governo e os trabalhadores. “Foi decidido que não haverá demissões nem corte nos salários dos grevistas. Mas isso não encerra a paralisação. Somente no próximo encontro tomaremos uma decisão”, diz Beatriz Cerqueira.