
Pratos típicos de Belém custam R$ 110 em restaurante da COP30 (Foto/Levy Guimarães/O TEMPO)
A praça de alimentação que atende o público geral na COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, em Belém (PA), cobra preços acima da média em pratos regionais, salgados, bebidas e sobremesas.
Na chamada Green Zone, a área da COP30 que é aberta à participação da sociedade civil, um restaurante destinado à comida típica do Pará cobra R$ 110 reais em pratos como pirarucu, filhote com arroz de jambu e tucupi e arroz de pato com tucupi. Outros pratos nacionais e internacionais, como talharim, filé de frango com legumes e baião vegano, custam entre R$ 80 e R$ 90.
No mesmo local, um restaurante especializado em comida oriental vende poke de salmão por R$ 105, enquanto o poke vegano sai por R$ 99. Os pratos têm o peso de 430 gramas.
A opção mais econômica da praça de alimentação é um restaurante da rede de fast food Bob’s, mas que também pratica preços mais altos que outras unidades. O combo do “duplo cheddar” sai por R$ 50, assim como sua versão vegetariana, enquanto um sanduíche de frango, acompanhado de batata frita e refrigerante, custa R$ 35 - e R$ 20 se vendido separadamente.
Já no centro de imprensa, as refeições saem pelo preço de R$ 60 a R$ 70, tendo opções como caldos, saladas, strogonoff, lasanha e frango xadrez. Contudo, no primeiro dia da Cúpula de Líderes, nesta quinta-feira (6/11), os pratos não foram vendidos. Segundo funcionários do local, ainda não há espaço para armazenar a comida.
Quem quiser comer um simples pão de queijo precisa desembolsar R$ 30, assim como coxinhas, empadas e esfihas. Bebidas como café e chá custam a partir de R$ 30 e uma água mineral de 250 ml, por R$ 25,00 - o item é distribuído gratuitamente em latas aos profissionais de imprensa.
O que é a COP30
A COP30 é a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. É o maior e mais importante fórum de negociação de medidas para conter o avanço das mudanças climáticas e do aumento da temperatura média do planeta, bem como ações para reduzir os efeitos da crise climática sobre as pessoas.
Em média, as COPs costumam receber em torno de 50 mil pessoas entre governantes, negociadores, cientistas, empresários, organizações da sociedade civil e artistas, entre outros.
Entre os temas prioritários da COP30 estão: redução de emissões de gases de efeito estufa, como gás carbônico e metano; adaptação de estruturas às mudanças climáticas; preservação de florestas; e o financiamento para a transição dos combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão mineral, para fontes renováveis, como solar, eólica e biocombustíveis.
Hoje, as COPs têm como foco cumprir o Acordo de Paris. Assinado em 2015, ele impôs a meta de limitar, até o fim do século, o aumento da temperatura média global em até 1,5°C, idealmente, ou no máximo em 2,0°C em relação aos níveis pré-industriais. Para isso, cada país deve traçar metas detalhadas de redução nas emissões de gases do efeito estufa e implementá-las.
A COP30, em Belém, acontece de 10 a 21 de novembro. Antes, nos dias 6 e 7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comanda a cúpula de líderes, com a presença de chefes de Estado. Ao final de toda a Conferência, deve ser publicada uma resolução, que precisa ser assinada por todos os países-membros da Convenção do Clima da ONU.
Fonte: O Tempo