A adesão dos servidores ao Dia de Luta do Judiciário Nacional fez com que representações da Justiça funcionassem precariamente no dia de ontem. Com as secretarias judiciais abertas apenas para atender casos de urgência, os trabalhadores do setor usaram o horário de expediente para manifestação de advertência.
Na busca por melhores salários e condições de trabalho, a greve não está descartada, conforme admitiu ontem o sindicalista uberabense Eduardo de Paiva, diretor do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado de Minas Gerais (Serjusmig).
O movimento de advertência serviu com forma de mobilização da categoria. Vestindo camiseta preta onde se lia “Luto pela Justiça”, os serventuários se mantiveram unidos, alternando entre eles para manter as portas das secretarias abertas ao público.
Também como parte da manifestação eles distribuíram panfletos explicando a realidade que vivem e onde constam as reivindicações da categoria.
Os servidores da Justiça Estadual cobram reajuste salarial de 7,5% aprovado em 2008, concedido apenas parcialmente, bem como não admitem o aumento da jornada de trabalho de seis para oito horas sem a devida remuneração. Eles pedem política salarial permanente que garanta manutenção do poder aquisitivo da classe; reposição das perdas salariais acumuladas em 26%; mudanças no plano de carreiras com efetiva valorização dos servidores, reembolso dos gastos com cumprimento das ordens judiciais condições de trabalho dignas, combate aos fatores que provocam elevado índice de doença entre eles, entre outras reivindicações, incluindo a manutenção da atual jornada de trabalho, mas com atendimento de doze horas/dia à população.