Há seis anos o Jornal da Manhã publicou reportagem em que o prefeito Anderson Adauto prometia se empenhar junto ao Estado por melhorias nas condições de atendimento do Instituto Médico Legal (IML) de Uberaba. A promessa aconteceu depois que familiares de Eurípedes Onório Ramos Junior flagraram o corpo dele jogado no chão do Instituto.
“O corpo estava em perfeito estado e, mesmo assim, não foi colocado na geladeira. Na época queriam R$300 para preparar o corpo. Como nós não tínhamos o dinheiro, o corpo dele ficou jogado no chão. Uma situação deplorável”, lembrou a enfermeira Lourdes Batista Ramos, fato que aconteceu em 22 de fevereiro de 2005.
Depois da situação, que, segundo ela, foi agravada pela demora na liberação do corpo, Lourdes procurou a reportagem do Jornal da Manhã, que repercutiu o assunto. O prefeito prometeu que mudanças seriam realizadas para melhorar o serviço e atendimento à população.
No dia 18 de maio deste ano, Lourdes se deparou com um problema semelhante no mesmo IML. Altino Ferreira Neto, 86 anos, faleceu após ser atropelado na avenida João XXIII. Depois de ser informada que o corpo não tinha sido liberado pelo hospital, por volta de 21h, a família da vítima descobriu que Altino passou a noite no hospital porque o IML não tinha médicos-legistas para receber o corpo.
“O corpo estava liberado desde as 20h30, no entanto, a equipe do IML afirmou que o hospital não havia dado a liberação”, comentou Maria Machado Pacheco, esposa de Altino. “O prefeito prometeu melhorar, mas, pelo que a gente vê, até hoje continua da mesma forma”, finalizou a enfermeira, afirmando que já colheu diversas assinaturas pedindo melhorias no IML.