TJ absolve um dos acusados pelo assassinato de dentista

Absolvido um dos dois réus condenados em Uberaba como tendo participação no latrocínio do dentista Osvaldo Machado Magnino, após ser mantido em cárcere privado. Por três votos a zero, o Tribunal de Justiça de Minas absolveu o acusado João Paulo Ribeiro, de 21 anos de idade.

A decisão, tomada no fim da tarde de ontem, joga por terra a condenação de 20 anos fixada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Uberaba. João Paulo foi absolvido pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal.

Os advogados do réu vão dar entrevista coletiva na manhã de hoje para divulgar mais detalhes a respeito. Já o acórdão contendo a decisão do TJMG somente será publicado dentro de 15 dias, conforme estimam os defensores do rapaz absolvido. Não se trata de decisão definitiva, cabendo recursos a partir da divulgação do julgado.

Por outro lado, a decisão nada tem a ver com o também réu Kayo Rodrigo de Jesus, que recebeu pena de 22 anos na sentença do juiz Ricardo Motta e que também recorreu da decisão. João Paulo e Kayo foram condenados no Fórum de Uberaba como tendo sequestrado, torturado e matado o dentista, de 54 anos, para sacar dinheiro da vítima, crime ocorrido no fim de 2008.

Conforme a denúncia, o dentista Osvaldo Magnino foi assassinado com requintes de crueldade. Diz ainda que os réus teriam torturado o mesmo para que fornecesse senhas pessoais de seus cartões magnéticos das contas mantidas nos dois bancos.

Além da violência e grave ameaça com  uso de arma de fogo, que produziram na vítima maus-tratos e que resultaram em grave sofrimento físico e moral, os dois rapazes privaram a vítima de sua liberdade de locomoção, mediante cárcere privado, enquanto buscavam efetuar saques nas contas.

Ao final, teriam matado o dentista com uma pistola, escondendo o corpo em uma reserva florestal à margem de uma estrada municipal que parte da BR-262, altura do quilômetro 830.

Liberdade. Nesta quinta-feira ocorrerá a soltura de João Paulo, preso na época dos fatos. Para tanto, o Tribunal de Justiça deverá transmitir um fax ao Fórum Melo Viana com a ordem de soltura. No início da noite de ontem houve tentativa de transmitir o documento pelo desembargador relator Júlio Cezar Guttierrez, mas sem resultado em razão de estar encerrado o expediente forense.