A última etapa do concurso que prevê o preenchimento de 150 vagas para profissionais de carreira na Defensoria Pública do Estado.
A última etapa do concurso que prevê o preenchimento de 150 vagas para profissionais de carreira na Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais foi adiada pelo Ministério Público Estadual, após o apontamento de várias irregularidades nas duas primeiras etapas.
O adiamento da prova oral, que seria iniciada na segunda-feira (8), preocupa o coordenador da Defensoria Pública de Uberaba, Fabrízio de Moraes Barros Mussulin, que lamenta o fato. Para ele, instituição e população serão prejudicadas com o atraso na finalização do concurso, admitindo as irregularidades que, segundo ele, já foram sanadas, inclusive o extravio de provas na fase anterior.
No entanto, o atraso também se deve ao grande número de pedidos de recursos judiciais aceitos, fazendo com que alguns candidatos, antes reprovados, passassem liminarmente à etapa oral. Assim, a comissão do concurso adiou o início da última etapa e não estipulou data para que a mesma seja realizada. “Todo concurso tem suas mazelas. Hoje, as pessoas estão mais conscientes e reivindicam seus direitos. Por isso, tantos recursos. Além disso, tivemos várias divergências nas provas em si”, lembra o defensor público.
Fabrízio explicou que o número de vagas destinadas para a cidade de Uberaba ainda não havia sido decidido. Com 15 defensores trabalhando no município atualmente, ele acredita que mais sete iriam ajudar a atender melhor à população. “Só após a conclusão do concurso é que cada cidade irá brigar para trazer o número de defensores que acredita ser necessário, sobretudo nas áreas cível, família e de tutelas coletivas”, salienta. “Nem sempre a população compreende essa falta de estrutura e de funcionários que temos enfrentado. O atraso deste concurso complica ainda mais a situação”, reconhece.