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Vertentes do Desenvolvimento Econômico de Uberaba

Lídia Prata
Publicado em 24/07/2023 às 19:00
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(Foto/Divulgação)

Quando o Jornal da Manhã surgiu no cenário das comunicações triangulinas, lá nos idos de 1972, sua principal bandeira era a industrialização do município. Até então, a economia uberabense estava alicerçada na agropecuária e no comércio, e a indústria tinha pouca representatividade nesse cenário.

Com o passar dos anos, a história mudou e a indústria vem se consolidando como um dos principais pilares da economia local. Mais que isso: tem buscado a diversificação dos segmentos de atuação do seu parque industrial.

Indiscutivelmente, a Mosaic continua sendo o grande dínamo do nosso polo de fertilizantes situado no Distrito Industrial 3. Naquele DI concentram-se as principais indústrias químicas locais e é justamente a área que desperta maior atenção nos interessados em investir no município. Um desses investimentos foi anunciado no último trimestre de 2022: a Atlas Agro, que planeja produzir fertilizante à base de hidrogênio verde em sua fábrica, a ser construída lá. Com investimento de cerca de R$4,3 bilhões, a obra tem início previsto para 2024, com conclusão até meados de 2027.

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos, “as perspectivas são as melhores possíveis. O governo Elisa, nesses dois anos e meio, incentivou mais de 90 áreas do Município para empresas de fora e, principalmente, empresas de Uberaba, gerando investimentos próximos de R$6 bilhões. Desta forma, a expectativa é muito boa, ainda mais considerando que tivemos o maior investimento da história de Uberaba, o da Atlas Fertilizantes. Tudo isso vai gerar um grande salto de desenvolvimento para a cidade. Ficamos muito felizes também porque, atraindo uma empresa do porte da Atlas, consequentemente, virão outras empresas, que são parceiras ou da cadeia produtiva dela”.

Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rui Ramos (Foto/Divulgação)

Mas as boas perspectivas de desenvolvimento não param por aí. Mais do que em qualquer outra época, a vinda do gás até Uberaba se apresenta real, graças ao programa Gás para Empregar, anunciado no início do governo Lula, este ano. “Existe essa meta de trazer e interiorizar o gás, como forma de retomada do desenvolvimento industrial, e Uberaba está pronta para isso. A cidade está preparada não só para a perspectiva da chegada do gás do pré-sal, como também de uma ampliação da rede, em que esse gás ainda pode vir da Argentina ou da Bolívia. Nesse sentido, nós fizemos uma grande coalizão entre a iniciativa privada, governos Municipal, Estadual e Federal, Fiesp, Fiemg e o ex-ministro Anderson Adauto, que é inclusive um grande parceiro nesse projeto e que está nos auxiliando no contato com o governo federal e os ministérios” – reforça o secretário Rui Ramos. O projeto de construção e viabilização do gasoduto, no entanto, não será rápido, estimando-se em pelo menos cinco anos esse prazo. “Quando o gás chegar, Uberaba vai viver um novo ciclo que poderá consolidá-la, junto ao Distrito III, que é o maior polo de fertilizantes da América do Sul, como um polo gás-químico, com a atração de diversas empresas” – arremata Ramos.

Mas nem só de química vive nossa indústria. Aqui são fabricadas ferramentas com a marca Stanley Black & Decker, assim como calçados, roupas e uniformes, acessórios, alimentos e bebidas, cosméticos (tendo na Skala sua marca mais conhecida nacional e internacionalmente), pivôs para irrigação de lavouras, móveis, drones, dentre vários outros produtos, inclusive destinados à exportação.

Governo municipal aposta na parceria com a Uby e a AGTech Garage para alavancar o desenvolvimento tecnológico em Uberaba (Foto/Divulgação)

Grãos

No agronegócio, Uberaba se projeta como um dos maiores produtores de açúcar e álcool, graças à atuação das usinas aqui instaladas. Paralelamente, o gado zebu continua sendo um dos esteios mais vistosos da economia uberabense, aliado ao desempenho extraordinário das centrais de melhoramento genético, que fazem da cidade uma vitrine para o mundo.

Uberaba também se destaca na produção de grãos, especialmente soja e milho, embora se ressinta de uma esmagadora aqui, para beneficiá-los. Nos últimos 12 meses, um dos destaques foi a luta pelo restabelecimento de 5,5 quilômetros de ferrovias, no Distrito Industrial 2, para possibilitar o escoamento da produção agrícola do município até os principais portos do país, visando às exportações. Essa demanda já levou a prefeita Elisa a Brasília por duas vezes nos últimos meses, uma das quais para reunião presencial com o ministro dos Transportes, Renan Filho.

Gigantes da Terra

As várias vertentes do desenvolvimento econômico de Uberaba ganharam uma nova perspectiva de visibilidade a partir da possível chancela da Unesco ao Geopark –“Terra de Gigantes”. A “indústria sem chaminés”, como é qualificado o turismo, pode atrair visitantes de várias partes do planeta para o município, além de estudiosos e cientistas. Nunca se apostou tanto nos dinossauros de Peirópolis quanto agora. Paralelamente, o boi zebu e o líder espírita Chico Xavier completam o tripé do projeto que poderá colocar Uberaba em evidência no cenário mundial do turismo, incrementando, também, a economia local. Hotéis, restaurantes, comércio e transportes são alguns dos setores que devem se fortalecer com a chancela da Unesco ao Geoparque.

Peirópolis, em Uberaba (Foto/Arquivo)

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