POLÍCIA

Antigo Caresami convive com problemas estruturais e greve de servidores

Por falta de contrato e atraso no pagamento de terceirizada que fornece alimentação, internos do Centro Socioeducativo de Uberaba chegam a almoçar até 3 horas após o horário habitual

Renato Manfrim
Publicado em 29/03/2018 às 07:17Atualizado em 16/12/2022 às 05:13
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Jairo Chagas

Centro Socioeducativo de Uberaba enfrenta graves problemas com funcionários em greve e contratos vencidos

O Cseur (Centro Socioeducativo de Uberaba) enfrenta graves problemas estruturais e greve de funcionários técnico-administrativos. Segundo informações, os agentes também estão com indicativo para parar a partir dia 4 de abril, visto que o governo estadual não atendeu às exigências do sindicato da categoria, que pede melhorias salariais e nas condições da carreira. Os salários das duas categorias estão congelados desde 2015 e, por enquanto, governo nega possibilidade de negociação.

Além disso, ocorrem outros problemas na unidade, como, por exemplo, atraso para servir o almoço dos internos, pelo fato de a equipe de cozinha de empresa terceirizada estar com salários atrasados. Vinte servidores das áreas administrativas e técnicas - psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, enfermagem, entre outros - do Cseur iniciaram greve no dia 27 de fevereiro deste ano.

Os funcionários fazem rodízio para manter 30% do efetivo trabalhando diariamente para manter a legalidade do movimento. “Os desdobramentos da greve para o Centro Socioeducativo de Uberaba têm sido gravíssimos. Porque as questões de atendimentos dos adolescentes vão desde a confecção de relatórios, atendimentos psicológicos, e isso pode desdobrar em questões de segurança e violação de direitos”, avaliou o diretor da Cseur, Wilson Júnior. “Diante dessa possível greve dos agentes, estaremos numa situação que eu nem sei nem como mensurar. Estava prevista reforma no fim do ano passado e não aconteceu. Além disso, as questões sanitárias aqui também são gravíssimas”, finalizou Júnior.

A reportagem do Jornal da Manhã também conversou com pedagoga e assistente social do Cseur, que lamentaram a falta de colaboração do Estado para com as reivindicações. “Estão [Estado] irredutíveis. A imagem que passam para nós é que somos uma classe insignificante e inexistente”, lamentou a pedagoga. “A gente tem buscado informar os adolescentes e mantê-los a par da situação para nos entender e nos ajudar também. Não é o momento de revolta. Porque rebeliões acontecem devido a maus-tratos e isso não acontece aqui”, concluiu.  

Internos tiveram refeição prevista para as 11h servida apenas às 15h30. Ontem, segundo informações, ao invés de 11h, os adolescentes atendidos no Cseur (Centro Socioeducativo de Uberaba) foram almoçar por volta de 15h30. Isto porque equipe de cozinha do turno, que está com o salário atrasado, foi embora e a empresa terceirizada precisou chamar outro turno de cozinheiros para trabalhar. Os cozinheiros e auxiliares de cozinha têm alegado atraso nos pagamentos das notas fiscais da empresa terceirizada por parte do Estado. Desta forma, como a empresa recebe atrasado do Estado, então também paga a equipe da cozinha com atraso. A empresa terceirizada estaria atuando com contrato emergencial, pois o que foi licitado está vencido. Mas, segundo a direção da unidade informou, o Estado ainda não sinalizou com nova licitação, o que dificulta a relação com os prestadores do serviço.

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