Homens armados tomam carga de adubo avaliada em mais de R$400 mil em assalto, na rodovia BR-262, quilômetro 785, próximo ao acesso a Peirópolis. O motorista, de 69 anos, chegou a ser sequestrado e mantido refém enquanto os autores faziam o transbordo da carga. A carreta foi encontrada abandonada em meio ao canavial e foi apreendida e recolhida ao pátio credenciado. Os autores e a carga não foram encontrados.
Segundo relatos do motorista, ele dirigia seu caminhão Volvo/VM, cor branca, carregado com defensivos agrícolas da empresa “Ouro Fino” com destino à cidade de Bom Despacho (MG). Durante o deslocamento pela BR-262, próximo ao quilômetro 785, foi abordado por um veículo que acredita ser um HB20 de cor branca.
Ele contou que viu dois homens dentro do carro, sendo um motorista e outro passageiro, o qual apontou em sua direção uma arma de fogo tipo revólver e mandou que parasse.
O homem armado entrou na cabine de seu caminhão e ordenou que não olhasse para ele e que seguisse em frente. Cerca de cinco quilômetros depois, mandou que o motorista entrasse em uma estrada vicinal, na qual percorreu 500 metros e deparou com um caminhão de câmara fria.
O motorista disse ainda que, nesse momento, foi obrigado a colocar uma toalha em seu rosto, cobrindo totalmente sua visão, mas percebeu a realização de transbordo da carga de adubo para o outro caminhão.
Ainda de acordo com o motorista, em seguida, os autores colocaram a vítima no interior de um veículo menor, no qual andaram por 40 minutos e, posteriormente, deixaram-no em meio a um canavial. Ele conta que andou cerca de sete quilômetros até chegar a uma fazenda e acionar o 190.
A empresa que faz o rastreamento do caminhão via satélite passou a localização do veículo para os militares. O caminhão sem a carga foi encontrado à margem da BR-262, próximo ao quilômetro 777, e em meio a um canavial.
O motorista disse aos policiais militares que os autores estavam de boné e máscara tipo bala clava e aparentavam idade de uns 25 anos. Também informou que a carga estava avaliada em mais de R$400 mil, conforme notas fiscais.
Perito criminal da Polícia Civil esteve no local e colheu evidências para a confecção de laudo a ser encaminhado à Polícia Civil em Uberaba.