ASSASSINATO

Briga por causa de corrente de prata acaba em morte no Abadia

Assassinato aconteceu na tarde de ontem, quando um comerciante tirou a vida de servidor geral que lhe cobrava a devolução de uma correntinha de prata

Carlos Paiva
Publicado em 13/04/2023 às 17:23Atualizado em 13/04/2023 às 20:06
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O atingido chegou a ser socorrido pela Samu, mas não resistiu e morreu ao dar entrada na UPA Sao Benedito (Foto/Jairo Chagas)

O servidor geral Francisco Cândido Xavier Oliveira, 20 anos, foi assassinado com um tiro na parte de trás da cabeça por um comerciante, de 33, avenida Prudente Morais, bairro Abadia, na tarde de ontem. A motivação estaria relacionada a uma correntinha de prata que o acusado possivelmente deveria ter entregue à vítima. Policiais militares dos dois batalhões intensificaram o patrulhamento com objetivo de prender o acusado que fugiu em uma motocicleta Honda Fan, 150cc, cor cinza, placa de Uberaba. A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi comunicada do caso e já trabalha com objetivo de também prender o comerciante. 

Segundo apurou o Jornal da Manhã, quando os policiais militares chegaram no local se depararam com a vítima sendo socorrida por uma equipe do Samu que estava em ambulância convencional. A vítima não apresentava sangramento visível, reclamava de dores no quadril e afirmou que o comerciante foi quem teria lhe alvejado com um tiro.  

Ainda segundo o que foi apurado, o servidor geral foi levado para a UPA São Benedito, onde deu entrada com vida, mas foi a óbito em seguida. O projétil de arma de fogo entrou na parte de trás da cabeça, região occipital, e não apresentava orifício de saída.

Uma testemunha, proprietária de loja vizinha à do acusado, também na avenida Prudente Morais, disse que estava no estabelecimento quando ouviu disparos de arma de fogo e logo após o servidor geral entrou em sua loja correndo, pedindo socorro a agarrando pelos braços. Ela conta ainda que desvencilhou dele e saiu correndo, logo após o comerciante entrou na loja e efetuou mais três disparos de arma de fogo, possivelmente de um revólver.

Perito criminal da Polícia Civil esteve no local e fez imagens e colheu evidências nas duas lojas. Entre as evidências colhidas, foi encontrado e apreendido um projétil de arma de fogo na loja onde o servidor geral adentrou pedindo socorro.

Uma testemunha, com laços estreitos com o acusado, disse aos policiais militares que o servidor geral chegou em sua loja de posse de uma faca, se direcionou até o comerciante e disse: “Me dá a correntinha, a correntinha é minha”. Também disse que o servidor geral gesticulava com a faca próximo ao peito do comerciante.

A mesma testemunha disse que com ajuda de sua filha empurraram um rolo de papel de presente em cima do servidor geral. Em seguida, o comerciante e o servidor geral saíram da loja correndo. Ela relata também que assim que os dois saíram da loja ouviu os disparos de arma de fogo. Também disse que não sabia que o comerciante estava de posse de uma arma e que a correntinha de prata que estava com ele a pouco tempo não sabia a origem.

Já uma outra testemunha, também próxima ao acusado de homicídio, disse que na terça e quarta-feira passada o servidor geral passou na porta da loja e interpelou o acusado sobre a corrente de prata e ouviu o comerciante dizer que não tinha satisfação para dar a ele.

Já o pai do servidor geral, relatou que o irmão do comerciante, há cerca de três meses, esteve em sua casa e solicitou a entrega de uma corrente de prata que pertencia a seu filho, o servidor geral. Sem saber dos detalhes, a testemunha entregou a correntinha de prata. Quando seu filho chegou em casa, ficou bravo com a testemunha e disse que não tinha que entregar nada.

Em seguida, ainda de acordo com o pai da vítima, o Francisco Cândido Xavier Oliveira foi atrás do irmão do comerciante na tentativa de reaver a correntinha de prata, porém ele disse que a corrente já era, que já tinha passado para frente. Desde então o servidor geral vem tentando recuperar a corrente de prata.

Uma outra testemunha, amigo da vítima, ratificou as palavras da também testemunha e pai do servidor geral. Ele reforçou que há pelo menos três meses o servidor geral vem tentando pegar a corrente de prata de volta de forma amigável.

Durante diligências, policiais militares conseguiram imagens do fato, sendo que o comerciante, após entrar na loja vizinha e disparar pelo menos três tiros, evadiu em uma motocicleta cinza que estava estacionada na rua São Mateus, em frente ao varejão. Ele pegou a motocicleta emprestada e fugiu, levando a arma de fogo, sendo que até o fechamento desta matéria não havia sido preso. 

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