Casal preso após morte de criança de cinco anos paga fiança e é liberado

Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil/5ªDPC em Uberaba, investiga a suspeita de que o garoto de 5 anos tenha sido vítima de homicídio. A mãe e o padrasto, de 26 e 23 anos, respectivamente, chegaram a ser presos em flagrante por suspeita de abandono de incapaz, pagaram fiança, foram liberados e responderão ao inquérito em liberdade. A prisão aconteceu após a necropsia do menino, pois o médico legista encontrou grande quantidade de água nos pulmões da criança.

Conforme apurou o Jornal da Manhã, na manhã de quinta-feira (23), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender a criança na rua São Martim, Vila São Vicente. No local, o médico encontrou a criança deitada no sofá e sem vida. Foi constatado que o garoto já estava com rigidez cadavérica, morto há, pelo menos, uma hora.

Aos militares da 40ª Companhia do 4ºBPM, a mãe disse que estava trabalhando à noite e teria deixado o seu filho com o padrasto e que, ao chegar, por volta das 6h de quinta-feira (23), o menino estava com febre e dor de garganta. Ela conta ainda, que ao perceber os sintomas, medicou o filho com dipirona e um remédio para a garganta, e que mais tarde deu banho, momento em que a criança teria passado mal e soltado sangue pelo nariz.

De acordo com a mulher, em desespero, teria colocado a criança no sofá e ligado para alguns parentes para ajudá-la. Só então o Samu foi acionado. Perito criminal da Polícia Civil esteve no local, colheu evidências e fez imagens para confecção de laudo pericial. O corpo do pequeno foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Uberaba pela ambulância do Samu.

Ainda de acordo com o que foi apurado pelo Jornal da Manhã, durante a necropsia, o médico legista informou à DHPP, que a causa da morte da criança foi afogamento, por ter encontrado grande quantidade de líquido nos pulmões e estômago, bem como sinais clássicos, como espuma e líquido na traqueia, manchas de paltauf e 230ml de líquido no estômago.

Por determinação do delegado PC Cyro Outeiro Pinto Moreira, titular da DHPP, foi acionada equipe de investigadores, que passou a fazer diligências investigativas. Eles também conversaram com a mãe e o padrasto da criança. Diante de tudo que havia sido colhido até aquele momento, a autoridade policial deu voz de prisão em flagrante de delito ao casal, por suspeita de abandono de incapaz. 

Como o crime de abandono de incapaz é afiançável na delegacia, foi arbitrada a fiança de um salário mínimo para cada um. Eles recolheram os valores e foram liberados para responderem ao inquérito policial em liberdade. As equipes da DHPP continuam investigando o caso. O laudo pericial e de necropsia devem ser juntados ao inquérito.