ORDENS JUDICIAIS

Gaeco deflagra três operações contra o crime organizado em Uberaba e região

Operações 'Fora de Sintonia', 'Submundo' e 'Narcocárcere' cumprem ordens judiciais nos municípios de Uberaba e Perdizes. Além do MPMG, participam das ações as Polícias Penal e Militar de Minas Gerais

Publicado em 10/11/2025 às 11:24
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De acordo com o Gaeco foram cumpridos até o momento cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão em Uberaba (Foto/Divulgação)

De acordo com o Gaeco foram cumpridos até o momento cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão em Uberaba (Foto/Divulgação)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou três operações na manhã desta segunda-feira, 10 de novembro, no Triângulo Mineiro. As operações “Fora de Sintonia”, “Submundo” e “Narcocárcere” objetivam o cumprimento de 14 mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão contra organizações criminosas nos municípios de Uberaba e Perdizes.

De acordo com o Gaeco foram cumpridos até o momento cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão em Uberaba. Além disso, um foragido foi capturado e uma pessoa foi presa em flagrante. Já em Araxá foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um de prisão. Em Perdizes foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Duas pessoas foram presas em flagrante.

Nos presídios de Uberaba, Perdizes e Francisco Sá foram cumpridos quatro mandados de prisão.

Foram apreendidos dez celulares, um pendrive, tabletes de maconha, porção de cocaína e duas balanças de precisão.

Fora de Sintonia – fase 3

De acordo com o MPMG, a presente fase da operação pretende dar um golpe na “sintonia” do crime com a prisão de líderes da organização criminosa e o bloqueio de R$ 1 milhão. A expressão “sintonia” é largamente utilizada como sinônimo para manter tudo conectado, de modo que organizações criminosas visam garantir que as decisões de seus líderes sejam executadas por membros tanto nas ruas quanto dentro do cárcere, sendo estratégico que as forças policiais mantenham seus membros “fora de sintonia”.

As investigações tiveram início no segundo semestre de 2023, sendo a primeira fase deflagrada em novembro, a partir de materiais/objetos apreendidos na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira (PPAIO), em Uberaba.

Em fevereiro deste ano ocorreu a segunda fase, ocasião em que foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em desfavor de outro núcleo da mesma organização criminosa, atuante na prática de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A organização foi desbaratada a partir do cárcere, notadamente, nas cidades de Campina Verde e Uberaba, a partir de resultados das investigações iniciadas anteriormente.

Hoje, a operação visa dar cumprimento a dez mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, além das medidas de arresto e sequestro de bens, nos municípios de Uberaba e Perdizes, em desfavor de um núcleo da organização criminosa que atua na prática de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, a partir do cárcere.

As cautelares foram expedidas pela Vara Única de Campina Verde. Materiais e objetos apreendidos serão destinados aos cuidados do MPMG.

Submundo – fase 2 

Segundo o Gaeco, a operação “Submundo” faz alusão ao mundo da delinquência e as atividades ilícitas. Na primeira fase, ocorrida em julho de 2024, o Gaeco identificou a existência de uma residência em Uberaba, local utilizado por indivíduos de alta periculosidade e membros de organização criminosa de atuação transnacional, envolvidos em uma série de homicídios ocorridos no município de Bom Despacho. Na ocasião, foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

Como resultado das análises, a partir dos materiais arrecadados, o Gaeco Uberaba cumpre hoje dois mandados de prisão, sendo um em desfavor de indivíduo de alta periculosidade e membro de organização criminosa, atualmente custodiado na Penitenciária de Francisco Sá/MG, e outro contra um estrangeiro, natural da Colômbia.

Pesam sobre eles fortes indícios de autoria em diversos crimes cuja prova é incontestável, como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Além disso, houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Uberaba e o bloqueio de mais de R$ 3 milhões nas contas dos alvos e outras contas sob suspeição de serem utilizadas para “lavar” dinheiro do narcotráfico.

Narcocárcere

A partir da apreensão de um aparelho celular em abril de 2024, em uma das celas da PPAIO Uberaba, foi desbaratado um sofisticado sistema de tráfico e associação ao tráfico de entorpecentes intracárcere, bem como lavagem de capitais oriundos da atividade delitiva.

Como resultado na ação, foram cumpridos dois mandados de prisão em desfavor de um custodiado que cumpre pena na PPAIO e de sua companheira/visitante, moradora de Araxá. 

Houve ainda o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, nas cidades de Uberaba e Araxá e a autorização de BLOQUEIO DE R$300 mil em contas bancárias dos alvos.

De acordo com o Gaeco, a expressão informal “narcocárcere” faz referência aos sistemas penais que, por vezes, sofrem com a gestão do tráfico de entorpecentes a partir do cárcere, sendo necessário, portanto, o combate.

A operação contou com o apoio da 5ª Região de Polícia Militar, envolvendo o 4º, 37º e 67º Batalhões e da Polícia Penal, do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, através da Superintendência de Informação e Inteligência, 5ª e 11ª Diretorias Regionais de Polícia Penal, além do Grupo de Operações com Cães/PPAIO.

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