VIA PECUNIAM

Megaoperação da PC contra tráfico e lavagem de dinheiro resulta em prisão e apreensões em Uberaba

Ação envolveu cerca de 300 policiais civis no cumprimento de mais de 197 mandados judiciais em Uberaba, Araxá e outras sete cidades mineiras, além de Foz do Iguaçu, no Paraná

Carlos Paiva
Publicado em 23/10/2025 às 06:55Atualizado em 23/10/2025 às 18:09
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A Operação "Via Pecuniam" teve início em Araxá e mira o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro (Foto/Divulgação)

A Operação "Via Pecuniam" teve início em Araxá e mira o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro (Foto/Divulgação)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (23), a Operação Via Pecuniam, que resultou na prisão de 29 pessoas, no cumprimento de 79 mandados de busca e na apreensão e bloqueio de, aproximadamente, R$80 milhões em contas bancárias. A ação foi desencadeada simultaneamente nas cidades de Araxá, Uberaba, Tapira, Frutal, Ibirité, Montes Claros, Uberlândia, Ituiutaba e Canápolis, além de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, e teve como alvo uma das maiores organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro no país.

A operação foi coordenada pelo delegado-geral Cézar Felipe Colombari da Silva, chefe do 5º Departamento de Polícia Civil (5ºDPC), com sede em Uberaba, por meio da Delegacia Regional de Araxá, com autorização da 2ª Vara Criminal de Araxá e anuência do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ao todo, foram expedidos 197 mandados judiciais, sendo 45 de prisões cautelares, 79 de buscas e apreensões e 73 de bloqueios de contas bancárias.

Mais de 300 policiais civis participaram da ação, que contou ainda com o apoio dos Departamentos de Uberlândia e de Montes Claros, da Coordenação de Operações Especiais (COE) e do apoio aéreo da CAT, ambos da capital mineira, além da Polícia Civil do Paraná, por intermédio do Denarc.

Segundo o delegado PC Vinicius Ramalho, titular da investigação, as apurações tiveram duração aproximada de dois anos e permitiram desvendar um sofisticado esquema de lavagem de capitais provenientes do tráfico de drogas. O grupo utilizava “testas de ferro”, empresas de fachada e fintechs para movimentar grandes quantias de dinheiro, dificultando a identificação da origem e do destino dos recursos ilícitos.

O trabalho foi apoiado pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro em Uberaba, que auxiliou os investigadores no rastreamento das operações financeiras. O nome da operação, “Via Pecuniam”, expressão latina que significa “o caminho do dinheiro”, faz referência ao método utilizado pela Polícia Civil para seguir o fluxo dos valores desviados.

As investigações indicam que a organização criminosa movimentou cerca de R$80 milhões, o que motivou o bloqueio judicial de bens e contas vinculadas aos investigados. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos 25 veículos, entre eles carros de luxo, além de duas armas de fogo, centenas de aparelhos celulares e diversos documentos que servirão como prova no processo.

A Polícia Civil ressaltou que a estrutura da organização possuía caráter empresarial, demonstrando alto poder financeiro e logística estruturada voltada para o comércio ilegal de drogas e a ocultação de lucros. Todo o material apreendido foi encaminhado à 2ª Vara Criminal de Araxá, responsável pela condução do processo, e ao Ministério Público de Minas Gerais, que acompanha o caso desde o início.

As investigações prosseguem e novas prisões e bloqueios de bens poderão ser realizados nos próximos dias, conforme o avanço do inquérito e a identificação de outros integrantes e ramificações da organização criminosa.

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