Tribunal do Júri condenou Reny Amaral Castro Alves à pena de 8 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado
Tribunal do Júri condenou Reny Amaral Castro Alves à pena de oito anos e seis meses de reclusão em regime fechado. Ele era acusado de homicídio duplamente qualificado ocorrido no bairro Leblon em 11 de agosto de 2012. A vítima foi o pintor Carlos Alves da Silva, 43 anos. Os jurados o consideram culpado por homicídio privilegiado qualificado. Em abril de 2016, outro acusado foi absolvido do mesmo crime por causa de contradições na investigação policial.
Segundo o defensor público Glauco de Oliveira Marciliano, o réu encontra-se foragido e não compareceu ao julgamento. A defesa adotou como teses a absolvição por negativa de autoria, pela exclusão das qualificadoras, falta de provas e alternativamente o homicídio privilegiado por relevante valor moral. Glauco Marciliano explica que Reny Amaral teria buscado a morte de um desafeto que teria agredido sua irmã em outra ocasião.
Ao julgarem o caso, os jurados entenderam que havia provas suficientes para considerar que Reny agiu sob violenta emoção ao dar uma resposta à agressão da irmã e decidiram pelo homicídio privilegiado. Porém, também consideraram a qualificadora de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, o que resultou na fixação da pena em oito anos e seis meses. O defensor público não pretende recorrer da decisão.
Na época, dois homens usando roupas pretas em uma motocicleta escura atiraram contra o pintor Carlos Alves da Silva, quando ele seguia para sua residência, no bairro Leblon. O pintor foi atingido por projéteis de arma de fogo de uso permitido somente para militares das Forças Armadas. Familiares contaram que Carlos estava em um bar na avenida José Valim de Melo, onde costuma jogar carteado com os amigos.
Porém, foi confundido com Anderson Raimundo dos Reis, verdadeiro alvo da ação criminosa. Foi apurado que, após fugirem, os agentes teriam percebido que haviam atingido o alvo errado, uma vez que pretendiam, na verdade, matar outra pessoa. No outro dia, eles localizaram o verdadeiro alvo saindo de outro bar e desferiram disparos com a mesma arma, mas os tiros acertaram o pé da segunda vítima.