A Polícia Militar esteve presente no bairro Boa Vista, nesta quarta-feira (27), onde encontraram a vítima, uma mulher, de 37 anos, ferida e sangrando na calçada em frente à sua residência. Ela apresentava um ferimento na cabeça causado por um pedaço de concreto lançado por um homem, de 24 anos, que é seu vizinho, usuário de drogas e já havia tido conflitos com outros moradores da rua.
Segundo a vítima, ela estava lavando a calçada de sua casa junto com seu marido, de 53 anos, quando o agressor saiu para a rua e começou a hostilizá-los. O marido da vítima questionou a situação, o agressor então pegou um pedaço de bloco de concreto para atacá-lo. No entanto, a vítima interveio para proteger seu marido e acabou sendo atingida na cabeça pelo objeto.
Após ferir a vizinha, o agressor tentou agredir novamente o marido da vítima, mas os dois se envolveram em uma briga na rua, mas o marido conseguiu se defender com uma barra de ferro. Alguns moradores tentaram separar a briga, incluindo uma testemunha, de 61 anos, que sofreu lesões leves na mão esquerda durante a tentativa de separação.
Quando a polícia tentou questionar o agressor sobre o incidente, ele estava extremamente exaltado e proferiu ameaças ao vizinho na presença dos policiais, incluindo declarações como "Você é um safado", "Vou te acertar" e "Acabo com você", entre outras.
O agressor não cooperou com os policiais, mesmo após diversas advertências, e não portava documentos de identificação.
A agressão só cessou quando terceiros conseguiram colocar o acusado de volta em sua casa e fechar o portão, impedindo-o de continuar atacando os vizinhos. A vítima foi encaminhada a uma unidade de pronto atendimento para tratamento médico de um corte contuso de aproximadamente 5 centímetros na região temporal esquerda, que foi suturado.
O agressor foi levado para a delegacia de plantão para ser apresentado à autoridade policial competente, mas o delegado de polícia se recusou a receber a ocorrência, justificando sua decisão em um despacho.
O caso foi então repassado ao oficial CPU, que orientou que a própria equipe da polícia militar confeccionasse o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), apesar das dificuldades que surgiram.
Aguardou-se um tempo até que o agressor se acalmasse o suficiente para entender as orientações e se comprometer a comparecer em juízo quando notificado, mesmo que seu entendimento naquele momento fosse parcial.
As vítimas assinaram o Termo de Manifestação e foram orientadas sobre as precauções necessárias quando o autor fosse liberado.