Nove mandados de busca e apreensão e quatro de prisões foram cumpridos pela Polícia Civil de Uberaba, no início da manhã de ontem, em residências do bairro Abadia
Jairo Chagas
Delegado Heli Andrade apresentou os quatro suspeitos ontem à imprensa e detalhou como agiam para o tráfico
Nove mandados de busca e apreensão e quatro de prisões foram cumpridos pela Polícia Civil de Uberaba, no início da manhã de ontem, em residências do bairro Abadia. A denominada operação Delivery prendeu quatro homens, de 22, 25, 32 e 35 anos, e apreendeu três automóveis, uma motocicleta, vários aparelhos celulares, aproximadamente R$2.500 em dinheiro, balanças de precisão e várias porções de cocaína e maconha prontas para serem comercializadas.
“Todo este material dará sustentação às provas, à denúncia do Ministério Público”, afirmou o chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, em Uberaba, Heli Andrade, que concedeu coletiva nesta manhã sobre a ocorrência. Ele destacou a presença de 50 policiais civis nas investigações que duraram cerca de três meses, além do apoio de militares e cães da Rocca (Rondas Ostensivas com Cães Adestrados).
Todo este efetivo descobriu que os envolvidos nos crimes utilizavam de serviços delivery, ou seja, os usuários solicitavam as drogas e os alvos da operação faziam as entregas. Os suspeitos usavam veículos próprios para as entregas. “Eram cobrados o frete de R$5 para as entregas e mais o preço da droga. Eles vendiam uma cocaína chamada ‘escama de peixe’, que é uma droga mais pura, com preço mais caro. O valor de cada grama desta cocaína pode chagar a R$30. As entregas eram uma estratégia de evitar que o usuário conhecesse a residência de onde se comercializava a droga”, explicou o delegado Heli.
A investigação foi presidida pelos delegados de polícia Luiz Antônio Blanco e Luiz Tortamano, da Agência de Inteligência e Investigação Policial em Uberaba. Os crimes apurados estão relacionados, além de tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas, também a furtos, roubos e receptação. Os suspeitos foram encaminhados à penitenciária "Professor Aluízio Ignácio de Oliveira".