MENORES DE IDADE

PM e Conselho Tutelar comparecem em escola após jovem de 16 anos manter relações com menina de 11

Um conselheiro tutelar compareceu à escola e conversou com os envolvidos tomando conhecimento da situação para as providências cabíveis por parte daquele órgão

Publicado em 27/03/2023 às 17:36
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A PM ainda se deslocou até a residência da menor, porém, não havia ninguém em casa (Foto/Ilustrativa)

A PM ainda se deslocou até a residência da menor, porém, não havia ninguém em casa (Foto/Ilustrativa)

A Polícia Militar (PM) e o Conselho Tutelar foram acionados, nesta sexta-feira (24), em uma escola municipal no Residencial 2000, onde uma aluna de 11 anos estaria morando e mantendo relações sexuais com outro aluno, de 16. Segundo o boletim de ocorrência, o conhecimento dos fatos só foi possível devido a professora de inglês ter procurado a pedagoga para relatar a ausência da aluna. 

Ao averiguar com os colegas da sala da menina, a equipe escolar foi informada que ela não estava indo a escola porque estava indo para a casa do namorado. Questionada, a aluna teria dito que estava com muita dor de cabeça e garganta. Porém, ao solicitar o atestado médico, a menina começou a chorar e relatar que estava na casa da sogra. 

Foi constatado que o menor com quem estaria se relacionando também estava com muitas faltas. Diante da situação, os responsáveis ficaram sabendo que os dois estavam morando juntos como um casal e mantendo relações sexuais. A equipe, então, acionou o Conselho Tutelar e a PM. 

O adolescente relatou que ele e a menina já estão namorando há, aproximadamente, cinco meses e que estão morando juntos na casa de sua mãe há cerca de dois meses. Segundo o jovem afirma, neste período vem mantendo relações sexuais com ela, tudo de forma consensual. Ele ainda afirma à PM que a mãe da menina consentiu o namoro dos dois e, inclusive, permitiu que ela fosse morar com ele.

A menina confirmou a versão do jovem e relatou aos militares que sua mãe foi para a cidade de Conquista para trabalhar e que está naquela cidade desde sábado (18). Ela alega que já havia pedido à mãe autorização para morar na casa do namorado, sendo consentido por ela. A jovem afirmou à polícia que gosta do namorado e que ele nunca lhe obrigou a fazer nada contra sua vontade. 

A mãe do jovem relatou que tem conhecimento do relacionamento do filho e que, ao conhecer a menina, esta teria lhe dito que teria 13 anos de idade. A mulher contou ainda que foi mãe da menina quem teria lhe pedido para a filha morar em sua casa, pois estava na cidade de Conquista e a filha estaria ficando com o padrasto e uma outra filha de 14 anos e um filho de quatro anos, e que ela também sabia do relacionamento dos dois. A mulher alega que, quanto ao envolvimento sexual, achou normal, uma vez que os dois estão morando juntos como um casal e não sabia que isso seria um crime. 

A jovem foi encaminhada para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) acompanhada de sua tia para os procedimentos médicos de praxe. No entanto, a menor estava sem previsão devido a uma intervenção médica de urgência, até o fechamento do boletim de ocorrência, a jovem não havia sido atendida. 

Um conselheiro tutelar compareceu à escola e conversou com os envolvidos tomando conhecimento da situação para as providências cabíveis por parte daquele órgão. 

A PM ainda se deslocou até a residência da menor, porém, não havia ninguém em casa. A mãe do jovem conseguiu fazer contato telefônico com a mãe da menina, tendo ela confirmado que está na cidade de Conquista trabalhando, mas que se fosse necessário ela deslocaria para Uberaba. 

Diante dos fatos, foi feita a condução do menor juntamente com sua representante legal a vossa presença para providências que julgarem cabíveis.

A reportagem do Jornal da Manhã acionou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) sobre o caso. Segundo a pasta, a competência inicial da Semed é registrar a falta da aluna e acionar os pais quando essa falta se torna repetitiva. Dessa forma, a Semed realiza o devido acompanhamento do caso, oferecendo suporte à criança e à família.

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