OPERAÇÃO DELIVERY

Polícia desmonta esquema de tráfico com serviço de entrega em Uberaba

Batizada de “Delivery”, a ação é desdobramento da “Terceiro Tempo”, desencadeada em setembro passado, mas agora com foco em outro grupo organizado, que usava empresa de teleatendimento para o tráfico de drogas

Carlos Paiva
Publicado em 13/02/2025 às 07:11Atualizado em 13/02/2025 às 19:39
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O nome “Delivery” foi atribuído à operação devido ao modus operandi do grupo, que utilizava uma empresa de teleatendimento para comercializar entorpecentes (Foto/Divulgação)

O nome “Delivery” foi atribuído à operação devido ao modus operandi do grupo, que utilizava uma empresa de teleatendimento para comercializar entorpecentes (Foto/Divulgação)

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MG) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a operação “Delivery”, com o objetivo de combater o tráfico de drogas na região. Durante a ação, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e dez de prisão. Uma pessoa foi presa em flagrante por tráfico de drogas e foram apreendidos quatro veículos, 15 smartphones, diversos papelotes de cocaína e R$31.951,00 em dinheiro. Um mandado de prisão foi cumprido contra investigado que já estava preso na penitenciária de Ribeirão Preto (SP). A ação mobilizou, aproximadamente, 150 policiais das polícias Federal, Civil, Militar e Penal.

A operação é desdobramento da operação “Terceiro Tempo”, realizada em setembro de 2024, que visava desarticular facção criminosa envolvida no tráfico de drogas em Uberaba e região. Naquela ocasião, 25 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão foram cumpridos em Uberaba, Araxá e na região de Naviraí (MS). Como resultado, 31 indivíduos foram indiciados e denunciados pelos crimes imputados.

De acordo com a Ficco, as investigações subsequentes revelaram a existência de um novo grupo criminoso, distinto da facção desmantelada anteriormente, mas que também atua no tráfico de drogas e em outras atividades criminosas na região.

O nome “Delivery” foi atribuído à operação devido ao modus operandi do grupo, que utilizava uma empresa de teleatendimento para comercializar entorpecentes. As drogas eram entregues diretamente nas residências dos clientes por motociclistas recrutados, em um esquema similar ao serviço de entrega domiciliar amplamente difundido no comércio de produtos.

A Ficco/MG, coordenada pela Polícia Federal (PF), é composta pela Polícia Militar (PMMG), Polícia Penal (PPMG) e pela Polícia Civil (PCMG). O grupo atua de forma descentralizada em todo o estado de Minas Gerais no combate ao crime organizado, em cooperação com os órgãos de segurança pública estaduais.

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