Roubo de cargas pode aumentar preços de produtos ao consumidor, alerta CDL

Roubo de cargas na região preocupa o setor varejista e pode provocar prejuízos e custos que, em alguns casos, chegam a ser repassados aos preços de produtos. A situação é uma realidade em vários locais do país, sobretudo em Uberaba, que é rota do transporte terrestre e se tornou região de grande interesse por parte dos assaltantes.

No município, com frequência, são noticiados furtos de carga e, em algumas situações, a polícia consegue recuperar e em outras não. É neste momento que o comerciante amarga o prejuízo, pois, mesmo que seja feito o seguro dos produtos, o reembolso não é imediato, podendo durar meses.

“Esta é uma situação que nos preocupa muito. Primeiro que, para garantir e evitar a perda, o seguro é necessário e isso acaba onerando o custo do transporte do produto. Depois, mesmo tendo seguro, o transtorno é inevitável, pois existe um tempo em que a seguradora vai repor o que foi roubado. Com isto, ficamos sem fluxo de caixa e ainda demora para repor os produtos na prateleira”, explica o vice-presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais, Miguel Faria.

Entre os produtos com maior incidência de furto de carga, Miguel destaca os eletrônicos de forma geral, principalmente os celulares, devido à praticidade e facilidade para venda. “É importante que a segurança em nossa região seja mais efetiva, com mais fiscalização, como as blitze”, afirma. Ele destaca que o transtorno de ter a carga roubada não é só para o comerciante, pode atingir o consumidor, que em alguns casos terá que pagar mais caro pelo produto por conta do seguro e também na compra pela internet. O produto pode ser roubado durante o transporte e, se aquela empresa em que a compra foi feita não paga seguro, o prejuízo é em dobro.

No caso dos supermercados, o diretor da Associação Supermercadista de Uberaba, Matusalém Alves, relatou que roubo de carga não é uma situação que gera preocupação ao setor. “Às vezes até podem acontecer roubos, mas o fornecedor logo recupera e às vezes nem ficamos sabendo o que aconteceu. Nem mesmo com atrasos na entrega”, afirma.