Sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, onde teria ocorrido o assédio moral contra a servidora (Foto/Reprodução)
O secretário adjunto de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Uberaba, Herval Kobayashi Ferreira Neto, 38 anos, foi denunciado na Polícia Militar por servidora municipal, de 47 anos, que alega ter sido vítima de constrangimento ilegal e assédio moral no local de trabalho, na sede da pasta, na rua Doutor Lauro Borges, Centro, na terça-feira (11). O acusado nega os fatos. A denúncia também foi registrada pela servidora na Ouvidora do Município e será apurada pela Controladoria-Geral.
De acordo com a servidora, por volta das 17h30 de terça-feira, ela se encontrava exercendo normalmente suas atividades na Secretaria de Desenvolvimento Social, quando o secretário adjunto entrou na sala onde ela trabalha e fechou a porta.
Ainda conforme a servidora, no interior da sala, ele teria começado a conversa de forma ríspida, agressiva, truculenta, com tom de coação e, na sequência, teria “iniciado acusações sem provas, de que ela estaria participando de um grupo de mensagens do aplicativo WhatsApp, onde haveria críticas contra a atual gestão, e que, caso isso se confirmasse, ela poderia ir para outro setor na Secretaria de Educação, que, segundo ele, seria o lugar dela”.
Ela relatou aos policiais militares que ao tentar explicar sobre a situação foi interrompida por ele, dizendo que não se interessava. Conforme a servidora, “a fala do secretário adjunto se desenvolveu de forma agressiva, truculenta e com tom intimidador de coação, causando a ela medo, visto que a porta estava fechada e no recinto só estavam os dois”.
A servidora relatou também que, temendo que ocorresse algo mais grave, ela se levantou e abriu a porta, e o subsecretário ainda a xingou de doida e maluca. Ainda no corredor, ele teria feito a seguinte afirmação: “Do jeito que você é, certamente irá procurar o setor de RH e o sindicato!”.
Nesse momento, conforme a servidora, já estava presente outra servidora da Secretaria de Desenvolvimento Social, que teria ouvido toda a gritaria e xingamentos proferidos pelo secretário, o que a deixou constrangida no seu ambiente de trabalho.
O acusado nega os fatos. De acordo com nota encaminhada pela Secretaria de Comunicação, a “denúncia foi registrada pela servidora na Ouvidora do Município e será apurada pela Controladoria-Geral, respeitando-se os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório”.