A cidade preparada para o futuro

Nas palavras da prefeita Elisa Araújo, investir em Uberaba é bom porque há qualidade de vida. E qualidade de vida deve estar ligada ao desenvolvimento, tanto de políticas públicas, quanto de empreendimentos. Fato é que Uberaba chama a atenção a nível regional, estadual e nacional, por estar perto das capitais, por ser banhada por rios abundantes, por ter paisagens de tirar o fôlego e uma economia pujante. Não por acaso, o município subiu no ranking do PIB Municipal e ficou em quinto lugar entre as maiores economias de Minas Gerais, em levantamento realizado no final do ano passado. A cidade agora está atrás apenas de Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem e Betim. Seja no ramo de fertilizantes ou com a planta de amônia, Uberaba firma o seu nome entre as grandes operadoras de investimentos nacionais.

A título de exemplo, somente nos últimos meses, a cidade recebeu a notícia da confirmação de investimentos milionários. Depois de anos travada, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) finalmente está saindo do papel, e a FertMinas, empresa especializada em aditivos para fertilizantes, já projeta o empenho de R$30 milhões de instalação nas dependências do espaço.

“Investir em Uberaba é bom porque temos qualidade de vida, um povo acolhedor, custo de vida baixo. Temos áreas, instituições parceiras na formação de mão de obra, a melhor lei de incentivos do Estado, boa vontade política, licenciamento ambiental direto no Município e vários casos de sucesso de agilidade na instalação de empresas. Nesses dois últimos anos, fomos responsáveis por boa parte dos investimentos atraídos para toda Minas Gerais”, valorizou Elisa Araújo.

Em fevereiro, mais um passo para a instalação da fábrica de hidrogênio verde em Uberaba. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Comdesu) aprovou processo de incentivos fiscais e estímulos econômicos para a empresa Atlas Agro Brasil Fertilizantes. No período de construção, a Atlas criará cerca de 2.000 empregos diretos e indiretos. O total de investimentos em Uberaba soma mais de R$4 bilhões para instalação da unidade de fertilizantes nitrogenados renováveis, no Distrito Industrial III.

Com esses dois grandes empreendimentos à frente das conquistas uberabenses, a prefeita considera que a agenda está superando as expectativas. “Em dois anos, foram quase seis bilhões de reais em investimentos, 55 empresas, além de incentivarmos as empresas de Uberaba a prosperarem. Fizemos alteração na lei de incentivos que propiciou ainda mais benefícios às pequenas empresas proporcionando a elas um movimento de crescimento”, declarou.

Outra importante ação foi a aprovação de 10 processos de incentivos, que totalizam R$ 41 milhões, de empresas uberabenses para atuarem na cidade. As áreas pleiteadas foram para o Distrito Industrial II (1), Distrito Industrial III (1) e Minidistrito Alfredo Freire (8), regiões lembradas por Elisa. “Além disso, levamos infraestrutura ao Distrito Industrial IV e ao Mini Parque Industrial Alfredo Freire, que ajudou nessa atração de investimentos. Divulgamos a cidade e estamos preparando Uberaba para receber investimentos no turismo, além do setor industrial. Para os próximos dois anos, estaremos estruturando, cada vez mais, nossas áreas para atrair mais investimentos, gerando emprego e renda para o povo”, completou.

Mas o que Uberaba oferece de diferente? Na visão da chefe do Executivo, a cidade não é só aconchegante no clima, mas nas condições de negociações.

“Além de se fixarem aqui, para que permaneçam na cidade, as empresas precisam que o Poder Público seja um parceiro que ajude e não atrapalhe. Dessa forma, estamos modernizando as legislações, alterando as regras sanitárias do Município, tornando-as mais objetivas, além da adesão ao ‘Minas Livre para Crescer’, que desburocratiza os processos de instalação e permanência das empresas na cidade”, ponderou Elisa Araújo.

Há ainda duas grandes tratativas em andamento: o gasoduto e a planta de amônia. 

Com retomada das articulações para trazer o gás até o Triângulo Mineiro, dirigentes da TGBC, empresa responsável pelo projeto, estiveram em Uberaba e trataram sobre a proposta do gasoduto vindo de São Carlos com representantes do governo estadual e lideranças políticas da cidade. O encontro aconteceu no gabinete da prefeita Elisa Araújo, contando com a presença de integrantes da Gasmig e, também, de investidores à frente do projeto da termelétrica, prevista para ser instalada na região. 

De acordo com Elisa, diante dos entraves que ocorreram no passado para consolidar o duto, o melhor caminho é não depender apenas de um empreendimento para viabilizar a chegada do gás à região. “Queremos trazer investidores que consomem o gás para atrair o duto de fato. Não adianta considerar apenas a planta de amônia, mas um pool de empresas que consomem o gás e viabilizar a implantação”, acrescentou. 

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, manifestou que a intenção do Estado agora é não criar impasse para a concretização do projeto do gasoduto de São Carlos. “Vamos trabalhar com a Gasmig para que ela não coloque nenhum tipo de empecilho ou obstáculo a um ramal de gás vindo de São Carlos. O duto vindo da região metropolitana de Belo Horizonte tem mais de 400 quilômetros de extensão. De São Paulo, são 150 quilômetros. Não há por que a Gasmig tentar atrapalhar de qualquer forma a realização do gasoduto mais fácil e mais rápido vindo de São Paulo. Vamos fazer esforços em conjunto para tentar viabilizar esse projeto de gás privado a partir do ramal paulista”, declarou.

Com mais esses dois pontos em andamento, é possível encarar um futuro brilhante e de muito crescimento para Uberaba, como cidade e como pólo industrial-comercial. É preciso manter as boas iniciativas para, de fato, colocar comida na mesa das pessoas, como diz a prefeita Elisa Araújo. “O melhor programa social que uma comunidade pode ter é a geração de emprego e renda, é de fato o que coloca comida na mesa das pessoas. Dessa forma, quanto mais empregos gerados, mais capacitação das pessoas, mais oportunidades e mais a economia se movimenta. Não é à toa que Uberaba passou à quinta economia do Estado”, finaliza.