Anúncio feito pelo prefeito Anderson Adauto (PMDB) de que tentará aditivo de R$100 milhões junto ao Banco Mundial para concluir as ações previstas no Água Viva foi recebido com cautela pelos vereadores entrevistados pelo Jornal da Manhã.
Carlos Godoy (PTB) disse enxergar preocupação quanto ao montante, num primeiro momento, devido à aprovação de R$68 milhões no plenário da Câmara. Considera que o assunto merece análise mais profunda.
Semelhante entendimento demonstrou o presidente da Câmara, Lourival dos Santos (PCdoB). Preferiu nada declarar sobre o possível aditivo financeiro, em razão de o acréscimo demandar a existência prévia de projeto de lei a ser remetido à CMU e, ainda, discussão com todos os vereadores a respeito.
Análise prematura foi evitada também pelo peemedebista Tony Carlos, que argumentou desconhecer existência de projeto normatizando a questão. Afirma a necessidade de o prefeito reunir os vereadores antes da remessa da matéria ao Legislativo.
O líder oposicionista Itamar Ribeiro (DEM) disse não pretender votar nenhum projeto se não obtiver resposta do pedido de prestação de contas do Água Viva, que pretende enviar hoje à Prefeitura.
Considera o vereador, que o município já contraiu dívida altíssima para executar o projeto. Isto, segundo ele, pode levar a cidade a perder sua capacidade de endividamento, questionando também a utilização dos R$68 milhões aprovados em plenário sob forte polêmica.
Relatório detalhado está sendo focado por Marcelo Borjão (PMDB). O vereador afirmou que pretende fazer um levantamento completo dos gastos de todo o projeto para divulgá-lo à população e aos colegas de plenário.
Argumentou que a Estação de Tratamento de Água (ETA III) não recebeu nenhum investimento previsto, haja vista a sujeira e má qualidade da água distribuída pela estrutura. Borjão disse esperar que a proposta chegue com bastante antecedência ao Legislativo, possibilitando o amplo debate.