RECLAMAÇÃO

Aluno de escola de Uberaba vai à Câmara e cobra melhoria para a merenda escolar

Gisele Barcelos
Publicado em 03/10/2023 às 21:28
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Luiz Gustavo Rocha dos Reis, aluno do 6º ano da Escola Frei Eugênio, foi à Câmara e denunciou a qualidade da merenda servida  (Foto/Rodrigo Garcia)

Luiz Gustavo Rocha dos Reis, aluno do 6º ano da Escola Frei Eugênio, foi à Câmara e denunciou a qualidade da merenda servida (Foto/Rodrigo Garcia)

Votação de projetos na Câmara Municipal foi interrompida ontem devido à reclamação sobre qualidade da merenda escolar. Acompanhando os trabalhos no plenário, o estudante Luiz Gustavo Rocha dos Reis se manifestou durante a sessão e cobrou dos vereadores que apresentem propostas para melhorar a alimentação oferecida nas escolas da rede municipal.

Aluno do 6º ano na Escola Municipal Frei Eugênio, Luiz Gustavo relatou em plenário que passou mal depois de ter comido macarrão com feijão na merenda servida e pediu atenção do Legislativo para a qualidade dos alimentos fornecidos pela empresa terceirizada. “A questão da qualidade dos alimentos é muito importante. É algo que mantém a saúde da criança e isso deve ser vigiado. Eu peço para que deem um jeito para melhorar isso”, declarou.

Integrante da Comissão de Fiscalização Alimentar e Nutricional da Casa, o vereador Paulo César Soares China (PMN) posicionou que, na semana passada, recebeu também denúncia sobre quantidade insuficiente de merenda para atender os alunos da escola. Segundo ele, um estudante de 14 anos relatou que estava na fila para almoçar, mas a comida acabou antes de ele se alimentar.

À frente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, a vereadora Luciene Fachinelli (União) afirmou que fará visita à escola nesta semana para apurar a situação da merenda e, também, declarou que, se receber denúncias sobre outras unidades, será feita a fiscalização in loco.

Diante das reclamações, o próprio diretor da Escola Frei Eugênio, Jonathan Raymundo de Almeida, compareceu no plenário e respondeu aos questionamentos. Ele defendeu que o cardápio da merenda escolar é definido com base na necessidade nutricional das crianças e nem sempre os itens servidos correspondem à preferência de todos os alunos da rede municipal, mas o objetivo é assegurar uma alimentação balanceada.

Além disso, o gestor da unidade negou a falta de comida para suprir a demanda dos alunos. Segundo ele, a quantidade de refeições produzidas é calculada com base em um levantamento da média de consumo da unidade para o número de estudantes. Porém, existem dias em que o cardápio é mais atrativo e não é possível atender à quantidade de repetições que os jovens desejam. “Atendemos em torno de 1.500 alunos e nunca faltou [merenda]”, disse.

Já o líder do Executivo na Câmara, vereador Almir Silva (União), argumentou que é preciso cautela quanto aos questionamentos sobre a empresa fornecedora da merenda, porque pode se tratar apenas de um problema pontual. Ele manifestou que acionará o secretário municipal de Educação, Celso Neto, para apurar os fatos e verificar se houve alguma falha. “Vamos ver se é um fato isolado. Senão a gente generaliza e pode não ser bem assim”, defendeu.

Por outro lado, Almir salientou que o governo não tem qualquer dificuldade em tomar as medidas necessárias se ficar constatado que o serviço prestado não atende à qualidade esperada. “Assim como o governo não teve compromisso com o erro no passado com a Nutriplus, também não teria agora”, finalizou.

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