A decisão do PR de ter candidatura própria à sucessão municipal é vista com bons olhos pelo prefeito Anderson Adauto (PMDB). Para ele, a estratégia dos republicanos é correta, porque marca posição e, especialmente no seu caso, é conveniente porque lhe dará mais tempo para dedicar ao seu partido, que tem oficialmente seis pré-candidatos. O número, aliás, é rechaçado por AA, já que, em sua opinião, a legenda é generosa com seus filiados.
“Creio que dentro do PMDB não passe de três, talvez dois, o Paulo Piau [deputado federal] e o Tony Carlos [vereador], o terceiro a gente vai acabar detectando”, disse AA. No rol do partido, porém, ainda figuram os pré-candidatos Cléber Cabeludo (líder do prefeito na Câmara), Karim Abud Mauad (secretário de Planejamento), Rodrigo Mateus (secretário de Governo) e Luiz Humberto Alves Borges (presidente da Codiub e do Uberaba Sport Club). O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Carlos Assis, outro indicado, teria migrado para o PSL.
Hoje deve acontecer uma reunião da Executiva Municipal do PMDB justamente para tratar da sucessão municipal. Anderson diz que já levou a Tony e Piau que gostaria de colocar a discussão mais para frente, por entender que a situação dos dois é especial, já que ambos detêm mandato eletivo. Ainda sobre a decisão do PR, o prefeito garante que não houve racha na base de sustentação do seu governo. “Enquanto o Aelton [Freitas, deputado federal, presidente do partido] me explicava que eles vão trabalhar nesse campo e que não estaria mais dentro do grupo onde estamos conversando, bateu um negócio na minha cabeça que na hora pensei: isso é bom pra mim.”
Bom porque, segundo AA, o PR tem três pré-candidatos e até chegar em um só haverá desgaste, que pode ser grande ou pequeno, conforme a estratégia usada pela legenda para fazer essa escolha. Na sigla, aparecem como postulantes ao cargo de prefeito o vereador Almir Silva – que diz ser o primeiro da fila –, o secretário José Eduardo Rodrigues da Cunha (Infraestrutura) e o presidente da Cohagra, Samir Cecílio. De acordo com Anderson Adauto, o PT também vai passar por esse processo, já que tem no páreo o deputado estadual Adelmo Carneiro Leão e a coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, ex-vereadora Marilda Ribeiro.
Até que ambos definam internamente, AA diz que ficará de fora “da fase de afunilamento” e não terá o que chamou de desgaste. “Só devo entrar no processo quando cada partido tiver um candidato definido”, encerrou.