De acordo com o presidente estadual da sigla, Cristiano Silveira (PT), a legenda tem como meta eleger ao menos 50 prefeitos em 2024, quase o dobro da quantidade eleita nas últimas eleições, de 2020, quando o partido fez 28 chefes dos Executivos municipais
Depois de uma derrota histórica nas últimas eleições municipais, quando nenhum candidato do partido conseguiu se eleger para as prefeituras nas capitais Brasil afora, o PT de Minas quer dobrar de tamanho no pleito deste ano. De acordo com o presidente estadual da sigla, Cristiano Silveira (PT), a legenda tem como meta eleger ao menos 50 prefeitos em 2024, quase o dobro da quantidade eleita nas últimas eleições, de 2020, quando o partido fez 28 chefes dos Executivos municipais.
Para isso, a sigla pretende aumentar o número de candidaturas no Estado. A intenção da legenda inicialmente é que 273 municípios (do total de 853 cidades no Estado) tenham candidatos a prefeito pelo PT nestas eleições, o que representa 44,4% a mais do que o número da corrida eleitoral passada, quando 189 candidatos foram lançados pelo partido.
Em conversa com o Aparte, Cristiano Silveira declarou acreditar que as regiões em que o partido terá mais facilidade em Minas são Vale do Mucuri, Zona da Mata e Campos das Vertentes. Apesar disso, o dirigente argumenta que o partido ainda foca a região metropolitana de Belo Horizonte, especialmente Contagem, onde a prefeita Marília Campos (PT) tentará a reeleição.
Estratégia
Para Silveira, o objetivo da legenda no Estado neste pleito será alcançado, principalmente, pelo arrefecimento do antipetismo, que, segundo ele, influenciou a queda dos números do partido nas eleições de 2016 e 2020, quando o PT amargou baixa quantidade de cadeiras eleitas. As derrotas nas capitais em 2020 foi um resultado inédito desde a redemocratização. E, ainda, nos casos em que as disputas foram para um segundo turno, a legenda só conseguiu eleger em Minas os prefeitos de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Contagem, na região metropolitana. Em São Paulo, o partido venceu em Diadema e Mauá. “Nas duas últimas eleições, nós enfrentamos um ataque muito agressivo. Houve um consórcio de instituições contra a legenda e vários elementos que tentaram criminalizar o PT”, avalia Silveira.
Apesar disso, segundo o líder partidário, as eleições de 2020 representaram um “esboço de recuperação” em relação às de 2016. O dirigente argumenta que no último pleito o partido conquistou cadeiras em grandes cidades no interior de Minas, apesar de não ter crescido em número de municípios com prefeitos eleitos. “Governávamos 600 mil pessoas em Minas e chegamos a quase 2 milhões de pessoas naquele ano”, pontua o petista, que disse acreditar que, para este ano, há um “ambiente menos hostil ao partido”.
Segundo o presidente estadual do PT, soma-se a isso ainda o “processo de reposicionamento e fortalecimento” pelo qual o partido está passando. Uma das estratégias da legenda será reforçar a importância de as prefeituras terem um bom trânsito com o governo federal. “É um conjunto de fatores que nos permitirá dobrar a quantidade de municípios conquistados, desde o planejamento de campanha, de comunicação, a um ambiente político mais favorável. O povo quer saber quem resolve o problema das cidades, o eleitor é pragmático. E Minas Gerais é o único estado do Sul e Sudeste em que o presidente Lula ganhou no primeiro turno”, afirmou.
Fonte: O Tempo