ELEIÇÕES

Após derrota histórica em 2020, PT quer dobrar de tamanho em Minas Gerais

De acordo com o presidente estadual da sigla, Cristiano Silveira (PT), a legenda tem como meta eleger ao menos 50 prefeitos em 2024, quase o dobro da quantidade eleita nas últimas eleições, de 2020, quando o partido fez 28 chefes dos Executivos municipais

O Tempo/Lucas Negrisoli
Publicado em 21/06/2024 às 09:01
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Depois de uma derrota histórica nas últimas eleições municipais, quando nenhum candidato do partido conseguiu se eleger para as prefeituras nas capitais Brasil afora, o PT de Minas quer dobrar de tamanho no pleito deste ano. De acordo com o presidente estadual da sigla, Cristiano Silveira (PT), a legenda tem como meta eleger ao menos 50 prefeitos em 2024, quase o dobro da quantidade eleita nas últimas eleições, de 2020, quando o partido fez 28 chefes dos Executivos municipais. 

Para isso, a sigla pretende aumentar o número de candidaturas no Estado. A intenção da legenda inicialmente é que 273 municípios (do total de 853 cidades no Estado) tenham candidatos a prefeito pelo PT nestas eleições, o que representa 44,4% a mais do que o número da corrida eleitoral passada, quando 189 candidatos foram lançados pelo partido.

Em conversa com o Aparte, Cristiano Silveira declarou acreditar que as regiões em que o partido terá mais facilidade em Minas são Vale do Mucuri, Zona da Mata e Campos das Vertentes. Apesar disso, o dirigente argumenta que o partido ainda foca a região metropolitana de Belo Horizonte, especialmente Contagem, onde a prefeita Marília Campos (PT) tentará a reeleição.

Estratégia

Para Silveira, o objetivo da legenda no Estado neste pleito será alcançado, principalmente, pelo arrefecimento do antipetismo, que, segundo ele, influenciou a queda dos números do partido nas eleições de 2016 e 2020, quando o PT amargou baixa quantidade de cadeiras eleitas. As derrotas nas capitais em 2020 foi um resultado inédito desde a redemocratização. E, ainda, nos casos em que as disputas foram para um segundo turno, a legenda só conseguiu eleger em Minas os prefeitos de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Contagem, na região metropolitana. Em São Paulo, o partido venceu em Diadema e Mauá. “Nas duas últimas eleições, nós enfrentamos um ataque muito agressivo. Houve um consórcio de instituições contra a legenda e vários elementos que tentaram criminalizar o PT”, avalia Silveira.

Apesar disso, segundo o líder partidário, as eleições de 2020 representaram um “esboço de recuperação” em relação às de 2016. O dirigente argumenta que no último pleito o partido conquistou cadeiras em grandes cidades no interior de Minas, apesar de não ter crescido em número de municípios com prefeitos eleitos. “Governávamos 600 mil pessoas em Minas e chegamos a quase 2 milhões de pessoas naquele ano”, pontua o petista, que disse acreditar que, para este ano, há um “ambiente menos hostil ao partido”. 

Segundo o presidente estadual do PT, soma-se a isso ainda o “processo de reposicionamento e fortalecimento” pelo qual o partido está passando. Uma das estratégias da legenda será reforçar a importância de as prefeituras terem um bom trânsito com o governo federal. “É um conjunto de fatores que nos permitirá dobrar a quantidade de municípios conquistados, desde o planejamento de campanha, de comunicação, a um ambiente político mais favorável. O povo quer saber quem resolve o problema das cidades, o eleitor é pragmático. E Minas Gerais é o único estado do Sul e Sudeste em que o presidente Lula ganhou no primeiro turno”, afirmou.

Fonte: O Tempo

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