Entre a sede da ABCZ e o palanque oficial da inauguração da feira, o governador de Goiás foi acompanhado por grande grupo e cumprimentou populares (Foto/Francis Prado)
Com pré-candidatura à Presidência da República em 2026 já anunciada, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), reuniu-se com pecuaristas antes da cerimônia de abertura da ExpoZebu e, em seguida, fez uma entrada de forma simbólica no Parque Fernando Costa.
Ao invés de usar a passagem direta de autoridades para o palanque oficial, Caiado caminhou pela avenida principal do parque, ao lado do presidente da ABCZ, Gabriel Cid, liderando um grupo de pecuaristas até a área do palanque oficial.
Questionado, o dirigente da entidade negou que o momento foi para sinalizar posicionamento do setor com vistas à eleição presidencial de 2026. Segundo ele, o tratamento dispensado ao governador de Goiás é o procedimento de praxe para todas as autoridades, pois o principal é apresentar as demandas do segmento rural às lideranças políticas. “As questões da eleição a gente deixa lá para frente, mas a gente acredita que nós precisamos ser ouvidos. Nosso setor é que sustenta o Brasil em pé.”
Já o governador de Goiás manifestou em entrevista coletiva que a posição sobre a pré-candidatura a presidente é de conhecimento público e vem trabalhando para consolidar o projeto com vistas ao processo eleitoral em 2026. “Jamais neguei que coloquei meu nome como pré-candidato pelo partido e vou realmente trabalhar por esse objetivo. O presidente atual é candidato à reeleição e está em campanha todo dia, desde que assumiu. A oposição precisa lançar os seus pré-candidatos. Lógico que a gente vai trabalhar no Brasil todo e ver quem se viabiliza para 2026. Isso não se faz de um dia para outro. Se a oposição ficar calada e não colocar seus nomes para consolidar bases, como vai se colocar do dia para a noite em uma eleição que dura só 45 dias”, argumentou.
Apesar dos esforços já em andamento com vistas à eleição presidencial, Caiado afirmou que não manterá a candidatura se Jair Bolsonaro estiver apto para concorrer ao cargo em 2026. “Isso está mais que consolidado entre todos. Se o presidente Bolsonaro for elegível, terá o apoio de todos nós. [Nesse cenário] ninguém vai para essa competição. Não teria sentido. Agora, ele não sendo candidato ou não podendo registrar a sua candidatura, todos nós, digo os governadores [Romeu] Zema, Tarcísio [de Freitas], Ratinho [Júnior] e eu, vamos caminhar no Brasil para que haja capacidade do nome ser competitivo. Você tem que ser capaz de poder se apresentar como candidato que tenha competitividade”, encerrou.