Nas eleições passadas, a decisão de não implementar a “lei seca” foi resultado de um acordo entre o governo estadual, as Forças de Segurança do Estado e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (Foto/Reprodução)
O governo de Minas Gerais não vai editar norma que proíbe a venda de bebidas alcoólicas durante a realização da eleição municipal deste ano. A informação é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel).
A presidente da Abrasel em Minas Gerais, Karla Rocha, enviou um ofício ao governador do Estado, Romeu Zema (novo), agradecendo pelo apoio recebido nas eleições de 2022, em que não houve a proibição de venda de bebidas alcoólicas e não foram registrados incidentes que comprometessem a ordem pública. No mesmo documento, ela solicitou que a decisão fosse mantida durante as eleições municipais em 2024, permitindo que os cidadãos frequentem estabelecimentos comerciais após votarem.
A resposta veio através do secretário-geral do estado, Marcel Dornas Beghini, que reiterou o posicionamento favorável ao comércio de bebidas nessas datas.
Nas eleições passadas, a decisão de não implementar a “lei seca” foi resultado de um acordo entre o governo estadual, as Forças de Segurança do Estado e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), visando à manutenção da ordem sem a necessidade de restrição à venda de bebidas alcoólicas.
O pedido da Abrasel levou ainda em conta que os domingos são dias de grande movimentação nos estabelecimentos comerciais, sobretudo porque as famílias tradicionalmente buscam a alimentação fora do lar. Segundo o documento, os domingos, incluindo os de eleição, são cruciais para o setor, o qual emprega mais de 630.000 empregos diretos e gera uma movimentação financeira da ordem de R$22 bilhões a cada ano.
Além disso, roteiros turísticos de várias regiões de Minas Gerais têm como temática a gastronomia, a cachaça e as cervejas artesanais, atrativos de grande importância para o Estado e que, no caso da proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas, são praticamente anulados os deslocamentos turísticos com essa finalidade durante as eleições.