GIGANTE

Atlas Agro contrata consórcios para projeto da fábrica no DI-3

Empresa estima investir cerca de R$5 bilhões na unidade de Uberaba, que produzirá hidrogênio verde, amônia verde e nitrato de amônia verde, com previsão de entrar em operação em 2028

Gisele Barcelos
Publicado em 20/02/2024 às 20:38Atualizado em 21/02/2024 às 08:10
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Perspectiva inicial da fábrica a ser construída na área que era destinada para a planta de amônia, no Distrito Industrial 3 (Foto/Divulgação)

Perspectiva inicial da fábrica a ser construída na área que era destinada para a planta de amônia, no Distrito Industrial 3 (Foto/Divulgação)

Com investimento estimado em R$4,3 bilhões em Uberaba, a Atlas Agro anunciou esta semana a contratação de dois consórcios de engenharia e construção para dar início ao desenvolvimento do projeto da fábrica de hidrogênio verde. A empresa escolheu os consórcios após selecionar 11 empresas, em dezembro do ano passado.

Cada grupo empresarial é composto por uma empresa de tecnologia e engenharia da Europa e uma empreiteira brasileira. O prazo da primeira fase de desenvolvimento é estimado em três meses.

Segundo as informações da Atlas Agro, os dois consórcios realizarão, em paralelo e de forma competitiva, o desenvolvimento do projeto de engenharia para a construção da planta em Uberaba. “Estamos animados em iniciar a engenharia de nossa primeira planta no Brasil”, disse o presidente da companhia na América do Sul, Knut Karlsen.

Depois dessa etapa, a empresa planeja avançar para a fase de Front-End Engineering (FEED), onde todo o projeto da fábrica será detalhado. A empresa não especificou data para início das obras em Uberaba. Entretanto, a expectativa é que a construção da unidade comece ainda este ano.

Em uma operação industrial integrada, a fábrica da Atlas Agro produzirá hidrogênio verde, amônia verde e nitrato de amônia verde. Os produtos finais atenderão aos agricultores brasileiros. A planta está prevista para entrar em operação em 2028.

A fábrica não dependerá do gasoduto para seu funcionamento. A matriz energética virá totalmente de energia renovável, como solar e eólica, em um consumo estimado de 2,5 GigaWatt-hora (GWh) por ano. “Hoje, o Brasil importa mais de 90% de seus fertilizantes nitrogenados, todos produzidos a partir de combustíveis fósseis, como gás natural e carvão. Ao aproveitar as vantagens naturais do País em energia renovável, o Brasil pode substituir suas importações de fertilizantes nitrogenados fósseis por produção local e sustentável”, finalizou o presidente da Atlas na América Latina.

O empreendimento será construído em terreno da extinta planta de amônia no Distrito Industrial 3. O imóvel pertencia ao Estado, mas foi doado ao município no ano passado para viabilizar a instalação da fábrica.

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