Rochelle Gutierrez (PP) (Foto/Divulgação)
Segurança da mulher será debatida em audiência pública na Câmara Municipal nesta quinta-feira (9), a partir das 19 horas. O evento será aberto ao público e colocará em foco ações para combater a violência contra o público feminino na cidade.
A realização da audiência foi solicitada pela vereadora Rochelle Gutierrez (PP), como uma das ações da parlamentar no mês da mulher em busca de soluções para a redução dos índices de violência contra a mulher na cidade.
Para debater sobre o assunto, foram convidados, além de todos os vereadores, a prefeita Elisa Araújo, as secretarias de Educação, Saúde, Defesa Social e Desenvolvimento Social, além da Polícia Militar, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Centro Integrado da Mulher (CIM), Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, a Defensoria Pública, o Instituto Municipal Anti-Drogas (Imad), instituição Casa da Mulher Trabalhadora, 2ª Vara Criminal, o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) e a Promotoria de Justiça.
Em entrevista à Rádio JM, a vereadora Rochelle Gutierrez, que convocou a audiência, explicou que o intuito é mostrar à população a gravidade do aumento dos casos de violência doméstica, estupros e abusos, além de modelar políticas públicas para diminuir os casos de agressões e ataques às mulheres.
“Temos sempre um caráter propositivo, de mostrar à população o problema que vivemos hoje, e não só a violência doméstica, mas estupros, por exemplo, que também temos dados preocupantes. A intenção é que saiamos de lá com o problema lapidado para construir um plano de trabalho intersetorial. Precisamos de todos esses agentes para Uberaba melhorar os índices de violência contra as mulheres, porque sabemos que a Prefeitura sozinha não consegue atingir todas as pontas”, declarou Rochelle.
A parlamentar revelou que, durante o encontro, devem ser apresentados dados e registros de violências contra as mulheres formalizados nos órgãos de segurança. Essas informações são fundamentais para basearem novas estratégias de combate e diminuição dos casos.
Além do acolhimento das vítimas, ela expõe que é necessário tentar mudar a cultura, muitas vezes patriarcal, de diminuição da mulher, de posse e machismo. “A questão das violência doméstica é profunda, cultural. Vivemos em uma sociedade ainda patriarcal, ainda centrada na figura do homem para a tomada de decisões. Então, nosso desafio é mudar cultura, e lidamos com alguns aspectos. Entre eles, a questão educacional, e acredito muito nisso. O Brasil já tem modelos claros disso, de trabalhos com o agressor. Enviamos diversos requerimentos para a Prefeitura e temos muita disposição para contribuir com uma solução solidificada”, pondera.
Também é intenção da audiência poder estruturar melhor os órgãos de defesa municipais. “Para a mulher sair do ciclo de violência, precisa de mais do que o encorajamento de denúncia. Precisamos de políticas públicas consolidadas. Muitas vezes, a mulher não consegue sair porque não tem independência financeira, o apoio psicológico, a condição de sair de casa. A gente defende que se tenha políticas públicas consolidadas, e vamos esclarecer isso”, finaliza.
Homenagens. Sessão da Câmara Municipal dessa quarta-feira homenageou as vereadoras, servidoras do Legislativo e a prefeita Elisa Araújo pelo Dia Internacional da Mulher. O presidente Fernando Mendes abriu mão de conduzir os trabalhos e passou a função à 2ª vice, vereadora Luciene Fachinelli. Ele também nomeou a vereadora Rochelle Gutierrez secretária ad hoc na sessão da noite de ontem, para destacar as mulheres integrantes do parlamento municipal.