Cemitério São João Batista (Foto/Reprodução)
Também foi aprovado ontem na Câmara Municipal o projeto que institui as regras de concessão dos serviços funerários no Município para viabilizar futura licitação pela Prefeitura. Apesar de questionamentos na reunião, não houve votos contrários à matéria.
Durante a discussão em plenário, o líder do Executivo na Câmara, vereador Almir Silva (União), argumentou que o projeto não prejudicará as funerárias que prestam serviço na cidade atualmente e ainda reforçou que as empresas foram ouvidas para desenvolver o regulamento.
O projeto estabelece que o serviço funerário é considerado serviço público essencial, podendo ser prestado diretamente pela Prefeitura ou por uma concessionária selecionada via licitação.
O texto original previa a proporção de uma empresa para cada 50 mil habitantes. No entanto, Almir ressaltou que foi aprovada emenda estabelecendo a seleção de, no mínimo, seis empresas para uma população de até 340 mil habitantes e o acréscimo de mais uma funerária a cada aumento populacional de 100 mil pessoas.
Outra emenda aprovada pelo Legislativo estabeleceu prazo de três anos para realizar o procedimento licitatório para concessão dos serviços funerários após a entrada em vigência da lei.
Segundo a assessora Jurídica da Secretaria de Serviços Urbanos, Thaísa Meneghello, o prazo é necessário para a preparação do processo licitatório de concessão. “Será necessário realizar estudo de viabilidade técnica e financeira, para instrumentalizar todo o processo licitatório às empresas interessadas em participar da nova licitação”, explicou.
Aproveitando debate sobre futura concessão de serviços funerários em plenário, vereador Tulio Micheli (Solidariedade) cobrou revisão dos atuais critérios para acesso ao auxílio-funeral. O parlamentar argumentou que muitas famílias de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social não foram contempladas com o benefício porque requisitos são muito restritivos.
A cobrança ocorreu após o vereador apresentar emenda para incluir no regulamento dos serviços funerários a exigência de cada empresa fornecer, mensalmente, dez caixões para atender gratuitamente às famílias de baixa renda.
Micheli ressaltou que, atualmente, são fornecidos apenas três caixões e a quantidade não permite alterar os critérios para ampliar o acesso ao auxílio-funeral.
Durante a discussão em plenário, o vereador até questionou o secretário de Serviços Urbanos, Anderson Passos, se os requisitos do auxílio-funeral poderiam ser modificados com a oferta de mais caixões para atender as famílias de baixa renda, o que foi confirmado pelo titular da pasta.
O líder do Executivo na Câmara, vereador Almir Silva (União), chegou a se manifestar contrariamente à emenda, mas o autor rebateu que não haveria encargos para a Prefeitura e conseguiu apoio dos demais parlamentares para a aprovação da emenda.