Denúncia anônima alega novos fatos em inquérito referente ao homicídio de Edgard da Pizza e requer desarquivamento do processo da Comissão de Ética que foi instaurado contra o então vereador Tony Carlos em 2002. O documento foi lido na sessão de ontem da Câmara Municipal e gerou questionamentos em plenário.
Segundo o texto lido, a Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais teria reaberto a investigação do crime no mês passado para analisar possíveis falhas ou fraudes na condução do processo e avaliar eventual envolvimento do então vereador com o autor do homicídio.
Com isso, a denúncia requer que a Câmara Municipal também reabra o processo da Comissão de Ética contra Tony, que foi arquivado na época, e adote providências cabíveis contra o ex-vereador.
O conteúdo do documento foi questionado em plenário e parlamentares apontaram que a denúncia anônima tinha cunho eleitoral, com o objetivo de prejudicar a imagem do ex-vereador e pré-candidato a prefeito.
A Procuradoria-Geral da Câmara Municipal informou ao Jornal da Manhã que solicitará informações à Polícia Civil sobre o caso e encaminhará o documento anônimo ao Ministério Público, para análise.
Pré-candidato diz que documento é ação de adversários e acionará a PC
Imediatamente após a leitura de denúncia anônima na Câmara Municipal, o ex-vereador e pré-candidato a prefeito Tony Carlos posicionou estar sendo alvo de ataque de adversários em função do pleito e adiantou que acionará a Polícia Civil para identificar o autor do documento lido em plenário.
Tony contestou o documento e ressaltou que sequer foi indiciado durante a investigação policial do caso “Edgard da Pizza”. Além disso, ele questionou a decisão do Legislativo de fazer a leitura da denúncia anônima em plenário e classificou como falta de responsabilidade dar espaço na sessão para acusações sem comprovação.
Desta forma, o ex-vereador e pré-candidato adiantou que ingressará com ação por danos morais contra a Câmara Municipal e, também, acionará a Polícia Civil, solicitando investigação para identificar o autor do documento encaminhado ao Legislativo.
Segundo Tony, a equipe jurídica também entrará com representação na Polícia Federal para apuração de cunho político-eleitoral contra as campanhas adversárias. “Acho que estão preocupados com os números da pesquisa que me colocam com vantagem no processo eleitoral. Estou incomodando”, manifestou.
Primeiro secretário da Mesa Diretora, vereador Samuel Pereira, durante a leitura do documento anônimo (Foto/Rodrigo Garcia/CMU)