A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar no próximo dia 27 se as vagas em vacância nas Assembleias Legislativas, Câmara Federal e Senado pertencem aos partidos ou às coligações repercutiu em Uberaba.
Ontem, o suplente Francisco de Assis Barbosa, o “Chiquinho da Zoonoses” (PR), quebrou o silêncio e se manifestou ao JM. “Eu acredito na prevalência das coligações, que registram 40 anos de existência política”, afirmou. Terceiro suplente mais votado na coligação PR/PSB, o suplente permaneceu apenas dois dias na Câmara Municipal.
Decisão em primeira instância convergiu para o entendimento de que a vaga deixada pelo ex-vereador Antônio Lerin (PSB) pertence ao partido, e não à coligação. Chiquinho, que obteve quase três mil votos em 2008, cedeu lugar a Antônio Cardoso (PSB), eleito com apenas 341 votos.
Em verdade, o Partido Socialista não tinha coeficiente eleitoral para eleger um vereador. A formatação da aliança política com o PR evitou que Lerin ficasse de fora do Legislativo, como ocorreu em 2004. Em contrário, Chiquinho da Zoonoses teria sido eleito.
A dança das cadeiras começou este ano, após uma decisão do Judiciário em Rondônia, e vem gerando entendimentos controversos entre os poderes. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, se posta favorável às coligações, por entender que os efeitos da coligação permanecem após o término das eleições.
“Tenho certeza de que minha cadeira está na Câmara e sinceramente espero que o STF acabe em definitivo com esta celeuma política”, finalizou Chiquinho.