(Foto/Divulgação/Codau)
Processo administrativo disciplinar contra ex-presidente da Codau, José Waldir de Souza Filho, e outros três servidores teve prazo de conclusão prorrogado. A apuração estava prevista para ser encerrada este mês, mas a data-limite foi estendida por 30 dias e o resultado deverá sair em abril.
Em nota, a Codau informou que a prorrogação do processo disciplinar foi solicitada pela Comissão responsável pela análise do caso e a medida está prevista em lei. Segundo o texto, a equipe manifestou que necessita de mais prazo para conclusão dos trabalhos de apuração quanto ao suposto recebimento indevido de horas extras pelo ex-presidente da companhia.
Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã, o advogado responsável pela defesa, Carlos Bracarense, informou que José Waldir já foi ouvido pela comissão e agora o prazo para defesa está em curso. Segundo ele, a expectativa é de resultado favorável ao ex-presidente no processo.
A instauração do processo disciplinar era esperada desde que o relatório da apuração interna preliminar foi apresentado, no fim do ano passado. Conforme o documento, José Waldir teria recebido em outubro de 2023 uma quantia superior a R$56 mil por diferenças de horas extras realizadas no período de março de 2018 a dezembro de 2020, quando exercia funções na Estação de Tratamento de Água (ETA). No entanto, o relatório indica que o pagamento pelas horas extras trabalhadas já teria sido feito na época em que o serviço foi prestado.
No inquérito inicial, também foram apontadas inconsistências quanto à marcação das horas trabalhadas nos cartões de ponto do agora ex-presidente. O relatório menciona, por exemplo, coincidência de horários de entrada e saída do trabalho, em dias consecutivos.