A Companhia Operacional de Desenvolvimento e Saneamento de Uberaba (Codau) estabeleceu meta de redução de perdas de água na rede, ou seja, a distribuição a partir da estação de tratamento até o hidrômetro, para 30%, até o final de 2025. Atualmente, essa perda é de 36,58%, segundo o diretor de Saneamento da autarquia, Giovanni Molinero.
Em recente entrevista ao programa Pingo do J, na Rádio JM, junto com o presidente da Codau, Rui Ramos, foi informado que o município hoje está no limite da média nacional, que gira em torno de 40%.
Estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil aponta que o volume de água perdida nos sistemas de distribuição no Brasil equivale a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçada diariamente ou mais de sete vezes o volume do Sistema Cantareira – maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo. Mesmo considerando apenas os 60% deste volume que são de perdas físicas (vazamentos), chega a ser uma quantidade suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano.
O Instituto Trata Brasil também divulgou recentemente que Uberaba subiu duas posições no ranking do saneamento básico. Conforme estudo divulgado esta semana pelo Instituto, a cidade ocupa a 23ª colocação. Já Uberlândia caiu do terceiro para o quinto lugar na lista. Os dados do ranking são baseados nos indicadores mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/ Ministério das Cidades) e se referem ao ano base de 2022.
A Codau já conseguiu reduzir a perda na distribuição de água, conforme levantamento anterior do Trata Brasil. O desperdício no município chegou a ser de 43,88% e agora está em 36,58%. Para o fim do próximo ano, a meta é reduzir para 30%.
O presidente da Codau, Rui Ramos, disse que pretende implementar uma campanha para conscientização de diminuição de perdas no interior das residências. “Temos a responsabilidade pela distribuição na rede. Agora, o que acontece a partir do interior das residências cabe ao consumidor. E queremos promover uma campanha para ajudar na economia no consumo de água”, destacou.