Com a saída de Sétimo Bóscolo na semana passada, o secretário de Governo, Beethoven Oliveira, foi nomeado interinamente como titular da Saúde
Secretário de Governo, Beethoven Oliveira, responde interinamente pela pasta da Saúde após a saída do médico Sétimo Bóscolo (Foto/Jairo Chagas)
Definição sobre o comando da Secretaria Municipal de Saúde foi cobrada nesta terça-feira (28) durante audiência pública para prestação de contas da pasta. Com a saída de Sétimo Bóscolo na semana passada, o secretário de Governo, Beethoven Oliveira, foi nomeado interinamente como titular da Saúde. Porém, vereadores e pessoas que acompanhavam o evento solicitaram uma decisão rápida da prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) para anunciar um nome em definitivo para o cargo.
Beethoven não compareceu à audiência pública na Câmara, terça-feira. A adjunta Valdilene Rocha foi quem conduziu a prestação de contas e respondeu questionamentos, ao lado dos técnicos da Secretaria de Saúde.
O primeiro a abordar a situação sobre o comando da pasta foi o vereador Diego Fabiano de Oliveira (PP). No pronunciamento, ele ressaltou que a Saúde já estava há quatro dias com um titular temporário e perguntou se a adjunta teria sido convidada pela prefeita para assumir o cargo na secretaria.
Valdilene negou que tenha sido procurada pela chefe do Executivo. Questionada se aceitaria um eventual convite, a adjunta declarou que estaria preparada para assumir a pasta, mas teria questões a discutir antes de uma decisão sobre o assunto.
Por outro lado, houve críticas da plateia quanto à indicação de Valdilene, que veio de Conquista, para o comando da Saúde, defendendo que o nome escolhido para titular definitivo da pasta seja de um profissional de Uberaba.
Já o ex-conselheiro de Saúde, Jurandir Ferreira, manifestou-se durante a audiência e contestou o fato de Beethoven acumular a responsabilidade por duas pastas. De acordo com ele, a Saúde precisa ser prioridade e não há condições de garantir a atenção necessária enquanto não houver um titular 100% dedicado ao setor. “Não podemos aceitar secretário interino na Saúde. Se o doutor Sétimo, que estava 24 horas à disposição, foi insuficiente, um interino vai dar conta? Ou nós vamos sacrificar mais ainda a Valdilene e os trabalhadores da pasta”, argumentou.
Ferreira reivindicou que os vereadores cobrem a chefe do Executivo para anunciar um nome definitivo para o cargo e, também, criticou a busca de pessoas de outras cidades. “A Câmara precisa tomar posição e dar prazo de 15 dias para que a prefeita escolha um secretário. Temos quadros excelentes em Uberaba. Dentro da própria secretaria tem profissionais com competência. Não precisamos buscar ninguém fora”, concluiu.