Comunidade não sabe a quem apelar mais

Moradores do Residencial 2000 afirmam não ter mais onde e para quem reclamar. As queixas em relação à infraestrutura do bairro são várias e vão desde a falta de água em determinados períodos do dia até falta de medicamentos na unidade de saúde.

Atualmente, o bairro tem mais de cinco mil habitantes e a grande maioria sofre com os problemas. Thaísa Rodrigues, 26 anos, dona-de-casa que tem três filhos pequenos, conta que na última segunda-feira (14) não conseguiu preparar o jantar por falta de água.

Segundo o Codau, o problema de segunda-feira se deu por conta do rompimento de uma adutora. O presidente José Luiz Alves diz que a falta de planejamento no lançamento do bairro não levou em conta a topografia em declive do local, dificultando a chegada da água em alguns pontos, sobretudo os mais altos. Porém, ele afirma que uma nova adutora está sendo construída e o problema deverá ser solucionado em breve.

Remédios. Na unidade de saúde, que está com o bebedouro desativado por recomendação da Secretária Estadual de Saúde por causa da gripe suína, as queixas são dirigidas ao atendimento precário e principalmente à falta de medicamentos.

Ontem, a reportagem encontrou a recepção, com computadores, totalmente vazia e à mercê do risco de assalto. Segundo a dona-de-casa Neusa Francisca, 44 anos, moradora do bairro, “se procurarmos por Dipirona lá, não encontraremos. Não tem nada!”.

A distribuição dos remédios realmente passa por dificuldades, conforme afirmou o subsecretário de Saúde, Gilberto Magnino, na edição do dia 12 de setembro do Jornal da Manhã. As farmácias básicas, diz ele, com uma gama maior de remédios, funcionam apenas nas seis Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Nos postos dos bairros, a quantidade enviada é menor e suficiente para pouco mais de uma semana. Por isso, é normal que faltem alguns itens e que logo são repostos.

Ainda de acordo com a SMS, R$ 80,5 mil serão investidos na ampliação e adequação de toda a infraestrutura do posto, com a criação de novos consultórios, sala de imunização e ventilação. O processo licitatório já está em fase final e as obras devem ser iniciadas em seguida.