Tribunal de Contas da União autorizou concessionárias cujos contratos estão com problemas a desistir de devolver a gestão de rodovias e o governo federal já manifestou interesse em repactuar contratos
Consultada pelo Jornal da Manhã, a Triunfo Concebra disse que sempre empenhou todos os esforços para sanear e viabilizar a execução do contrato (Foto/Reprodução)
Após Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar empresas a desistir de devolver concessões e o governo federal manifestar interesse em repactuação de contratos antigos, a Triunfo Concebra sinalizou estar aberta a discutir a possibilidade com a nova gestão.
Segundo informações divulgadas pela CNN, o governo pretende abrir negociações com operadoras de rodovias federais para repactuar contratos, acertar um novo cronograma para obras em atraso e incluir investimentos adicionais nas concessões existentes. A previsão é que o Ministério dos Transportes publique ainda neste mês uma portaria pedindo manifestação formal de interesse das empresas dispostas a discutir uma eventual repactuação.
Em entrevista ao canal, o secretário-executivo da pasta, George Santoro, chegou a informar que a avaliação do ministério é que 15 das 22 concessionárias de rodovias possam aderir às renegociações de contratos, mas não especificou se a empresa atualmente responsável pela BR-262 seria uma das interessadas.
Procurada pela reportagem do Jornal da Manhã para se manifestar sobre a possibilidade de entrar em negociação com o governo federal e repactuar o contrato da BR-262, a Triunfo Concebra manifestou que “sempre empenhou todos os esforços para, consensualmente, sanear e viabilizar a execução do contrato de concessão”.
Na nota, a concessionária ainda posicionou que está à disposição das autoridades competentes para discutir e encontrar uma solução amistosa e não litigiosa para o caso.
Por enquanto, a Triunfo Concebra continua responsável pela manutenção da BR-262 somente até novembro deste ano, devido a um aditivo no contrato para viabilizar a finalização de novo processo de concessão. Porém, a três meses do fim do prazo, o edital para leiloar novamente a rodovia não foi publicado.