PROJETO

Concessão da MG-427 não impede a duplicação, caso haja necessidade

Gisele Barcelos
Publicado em 27/05/2023 às 19:37
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Concessionária EPR Triângulo, que assumiu as MGs da região, realiza as primeiras intervenções das rodovias para garantir trafegabilidade segura (Foto/Reprodução)

Mesmo não inserida inicialmente no pacote de obras de concessão do Triângulo Mineiro, duplicação da MG-427 pode entrar futuramente nos investimentos a serem realizados pela empresa responsável pelo lote. A informação é do diretor presidente da concessionária, José Carlos Cassaniga, que falou sobre o assunto em entrevista à Rádio JM.

O representante da empresa lembra que, além das intervenções para recuperação e manutenção do asfalto, o projeto inicial prevê apenas a implantação da terceira faixa nos trechos mais críticos da MG-427.

No entanto, uma vez concluído o pacote de obras, se for constatado o aumento da trafegabilidade futuramente, Cassaniga acrescenta que o contrato não impede que haja a inclusão de novos investimentos nas rodovias do lote.

Segundo o diretor-presidente da concessionária, o contrato trouxe uma previsão de investimentos pré-autorizados e adicionais ao que está no projeto inicial. “Dependerá do comportamento da demanda do tráfego. Ou seja, se em determinada rodovia o tráfego crescer de tal forma que a duplicação ou terceira faixa não prevista seja necessária, há mecanismo no contrato para ser incorporado esse investimento adicional”, manifestou.

Questionado, Cassaniga afirmou que a eventual inclusão da duplicação no pacote de obras não traria necessariamente aumento no preço do pedágio no trecho. Segundo ele, existem outras metodologias mais modernas que permitem o reequilíbrio contratual. “Acho pouco provável que o mecanismo de reequilíbrio seja em tarifa. No caso da incorporação de investimentos novos – com a metodologia que se chama de fluxo de caixa marginal, as opções de reequilíbrio são outras”, disse.

O diretor-presidente da concessionária citou que podem ser feitos ajustes no cronograma de investimentos para incluir obras prioritárias ou mesmo estender o prazo de concessão para cobrir investimentos adicionais.

Após o anúncio da concessão, o Estado justificou que não foi demonstrado o volume de veículos para a duplicação da MG-427 nos estudos iniciais de tráfego de demanda e a medida poderia implicar em custos maiores. Com isso, a rodovia apenas recebeu terceiras faixas no projeto inicial.

No entanto, o governo mineiro acrescentou que o contrato prevê que anualmente será feita nova avaliação do volume de tráfego e da qualidade do serviço. Se for constatado aumento no fluxo de veículos, pontos de estrangulamento na MG-427 ou número alto de ultrapassagens irregulares, há mecanismos que asseguram a inclusão de novas intervenções para melhorar a qualidade na rodovia. 

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