Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD-MS), em conversa com o jorna O TEMPO Brasília após ser indicado por Lula (Foto/Reprodução/Manuel Marçal/O Tempo)
O futuro ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD-MT), afirmou nesta quinta-feira (29), que, entre as suas prioridades a frente da pasta, estão a política de combate ilegal ao desmatamento, bem como abertura de crédito para o setor para converção de pastagens degradas em área de agricultura.
O senador foi indicado nesta tarde pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar o ministério e negou que vá existir atritos entre a Pasta e o ministério do Meio Ambiente, que terá a frente Marina Silva (REDE-SP). "Vamos conversar muito bem, já começamos a conversar. Estamos todos do mesmo lado, queremos ter uma produção agricola com carbono neutro, sustentável, desmatamento zero".
Em seguida, listou algumas das prioridades da sua gestão à frente do ministério para mudar a imagem do agronegócio no País. "Iremos trabalhar linhas de crédito para que nós possamos converter bastagens degradas em área de agricultura. Isso vai fomentar o nosso crescimento da produção, a ideia é: em 20 anos, podermos dobrar área produtiva e tirar a pressão sobre o desmatamento".
Fávaro explicou ainda como pretende aproximar o setor do agronegócio, que é resistente a Lula. "É buscar uma pacificação através das boas práticas agriculturas: combater o desmatamento ilegal. Isso serve de morte ao agronegócio, perde mercado".
Diante disso, aposta na volta da diplomacia presidencial para recuperação da imagem do País no mercado exterior. "A participação do presidente Lula como maior embaixador do Brasil para sair vendendo essa produção, para que nós possamos ter mercado internacionais".
O futuro ministro da Agricultura e Pecuária disse ainda que pretende utilizar o excesso da produção do agro para combater a fome. A política de erradicação da pobreza e combate a fome é um dos compromissos de Lula.
Além disso, pretende revogar algumas portarias da atual administração na área de biocombustíveis e fortabelecer a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
"O orçamento da Embrapa será de R$300 milhões graças ao esforço da PEC (de transição) e mais R$200 milhões que nós vamos suplementar em remanejamento. Vamos tentar fazer isso com o ministro (da Fazenda) Haddad"
Fonte: O Tempo