A mudança na composição da direção local do Solidariedade foi concretizada na tarde desta quarta-feira (19) e já está formalizada no sistema da Justiça Eleitoral
O parlamentar migrou para o partido em março do ano passado e passou a integrar a direção em seguida (Foto/Jairo Chagas)
Depois de assumir tom combativo contra o governo Elisa Araújo (SDD), o vereador Túlio Micheli (SDD) foi retirado da vice-presidência do Solidariedade em Uberaba. O parlamentar migrou para o partido em março do ano passado e passou a integrar a direção em seguida, mas agora foi substituído Antônia Dalva Leite Gonçalves, que é mãe da chefe do Executivo.
A mudança na composição da direção local do Solidariedade foi concretizada na tarde desta quarta-feira (19) e já está formalizada no sistema da Justiça Eleitoral. A comissão provisória da sigla tem validade até 31 de dezembro deste ano, mas Túlio consta como inativo a partir do dia 18 de abril.
Em nota, o Solidariedade manifestou apenas que a alteração na comissão provisória atende a um propósito já iniciado pelo Solidariedade em fevereiro, quando novos filiados ingressaram nos quadros do Partido.
Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã, Túlio declarou que não foi comunicado sobre a mudança na composição da comissão provisória e da retirada do cargo de vice-presidente. O parlamentar disse ter sido surpreendido pela decisão do partido.
Questionado como fica a situação no partido a partir de agora, o parlamentar argumentou que foi convidado para se filiar ao Solidariedade e espera ser procurado pelas lideranças da sigla para conversar. “Estou no Solidariedade e sigo nele entendendo que a construção da sigla em Uberaba tem que ser feito por pessoas que tenham condições de pelo menos conversar, dialogar e construir”, finalizou.
Túlio foi eleito pelo PSL na última eleição municipal de 2020. No entanto, com a fusão entre o PSL e o DEM para criar o União Brasil, o vereador decidiu aproveitar a janela partidária e trocar de sigla no ano passado.
A mudança para o Solidariedade até foi contestada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que ingressou com ação contra o parlamentar e requer a perda de mandato eletivo por infidelidade partidária. No entanto, o vereador conseguiu comprovar que havia justa causa para troca de legenda.