COTAS RACIAIS

De 52 convocados por cotas raciais na Prefeitura, 30 desistiram de vagas

Conforme levantamento solicitado pelo Jornal da Manhã, 52 pessoas que utilizaram as cotas foram chamadas para assumir cargos na Prefeitura entre 2021 e 2022

Gisele Barcelos
Publicado em 31/01/2023 às 21:02Atualizado em 07/02/2023 às 20:01
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30 pessoas desistiram da vaga e não entraram para os quadros da Prefeitura (Foto/Divulgação)

Dos candidatos que se autodeclararam pretos ou pardos no concurso da Prefeitura em 2015, apenas três ainda não se apresentaram à comissão para comprovar o direito ao uso das cotas raciais para assumir vaga em cargo público.

Conforme levantamento solicitado pelo Jornal da Manhã, 52 pessoas que utilizaram as cotas foram chamadas para assumir cargos na Prefeitura entre 2021 e 2022. No entanto, 30 desistiram da vaga e não entraram para os quadros da Prefeitura.

Desta forma, apenas 22 pessoas que se autodeclararam pretos ou pardos efetivamente assumiram vagas em 2021 e 2022. Desse total, 19 servidores já se apresentaram no ano passado à comissão responsável por conferir a veracidade das informações prestadas. Há um funcionário convocado na mesma data e que não compareceu.

Segundo as informações da Prefeitura, os três servidores restantes da lista serão convocados até o fim de fevereiro para aferição de veracidade das informações prestadas no concurso.

Entre os 19 servidores que já foram submetidos à análise da comissão, sete não corresponderam à autodeclaração como preto ou pardo e tiveram o caso encaminhado à Controladoria-Geral do Município para apuração de eventuais irregularidades.

Os servidores estão sujeitos à anulação da admissão ao serviço ou emprego público, porém, primeiramente responderão a processo administrativo, com direito ao contraditório e a ampla defesa.

Após denúncia no ano passado de falta de fiscalização e uso indevido das cotas em concurso público da Prefeitura, o governo municipal retomou as atividades da comissão responsável por aferir a veracidade das autodeclarações feitas pelos candidatos nomeados.

A polêmica ressurgiu devido ao caso de um candidato branco de olhos azuis que se autodeclarou preto ou pardo no concurso da Prefeitura. Ele foi convocado no fim de 2021 e assumiu vaga por meio do sistema de cotas, sem passar por análise prévia para comprovar o direito ao benefício.

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