POLÍTICA

Debate foge das propostas

Primeiro debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) não contribuiu para esclarecer o eleitor

Élvia Moraes
Publicado em 12/10/2010 às 23:37Atualizado em 17/12/2022 às 06:51
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Primeiro debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) não contribuiu para esclarecer o eleitor. No confronto transmitido domingo à noite pela Rede Bandeirantes, os candidatos se atacaram mutuamente em detrimento de assuntos de real interesse dos brasileiros. Opinião é do educador Renato Muniz Barretto, em entrevista ao Jornal da Manhã.

Os projetos defendidos não constituem propostas individuais, mas compiladas por um grupo político ou econômico, merecendo ser apresentadas com clareza à população brasileira. A troca de farpas, em sua opinião, é preocupante na medida em que o oponente deixa de responder a um questionamento.

Foi o caso do candidato tucano, quando Dilma acusou sua mulher, Mônica Serra, de espalhar a onda de boatos em torno de suas declarações sobre o abort “A Dilma gosta de matar criancinhas”. José Serra se calou.

Em contrapartida, a petista ficou de “saia justa” quando o tucano a questionou sobre a razão da demora de até um ano e meio no registro de novos remédios genéricos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dilma enrolou, sendo contraposta na réplica do adversário.

No entender do educador, o debate não priorizou os planos para assegurar o crescimento do país, bem como a sua inserção no cenário internacional. O debate suscitou, mas não esclareceu a possível privatização da Petrobras. “Quatro anos é muito tempo para entregar o país a quem pode vir a navegar na contramão do progresso. É inquietante por isso, espero que os próximos debates joguem luz sobre assuntos importantes, deixando as acusações de lado”, analisou Renato Muniz.  

Pesquisa. Rumo ao segundo turno da corrida presidencial, Dilma Rousseff saiu na frente, mas sua vantagem sobre o tucano caiu em relação ao primeiro turno. Na pesquisa do Datafolha divulgada sábado (9), Dilma aparece com 48% das intenções de voto, contra 41% do oponente.  

Na última pesquisa, realizada dois dias antes do primeiro turno, a petista detinha 52% e Serra, 40%. O presidente do Diretório Regional do PSDB, Luiz Cláudio Campos, que antecipou ao JM que a eleição presidencial seria definida em segundo turno, baseado em projeção de anos anteriores, analisou o resultado.

A diferença entre ambos - antes 12% e agora 7% - significa desânimo de parte do eleitorado em relação à candidatura do PT, aliado à migração de votos de Marina Silva em favor de José Serra. “A eleição está indefinida, entretanto, existem elementos que evidenciam o fortalecimento da candidatura tucana”, considerou.

O presidente da Executiva regional do PMDB, Luiz Humberto Borges, não atendeu às ligações da reportagem para comentar a pesquisa.

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