GOVERNO FEDERAL

Decisão sobre preço do gás e garantia de suprimento devem sair antes do fim do ano

Expectativa é do consultor Paulo Kazuo, que faz parte do grupo focado na elaboração do projeto federal para interiorização do gás

Gisele Barcelos
Publicado em 19/07/2024 às 20:45Atualizado em 19/07/2024 às 21:10
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Anderson Adauto, que também integra o grupo focado no projeto de interiorização do gás, declarou estar confiante quanto às perspectivas (Foto/Divulgação)

Anderson Adauto, que também integra o grupo focado no projeto de interiorização do gás, declarou estar confiante quanto às perspectivas (Foto/Divulgação)

Decisão do governo federal sobre preço do gás e garantia de suprimento do insumo devem sair antes do fim deste ano para viabilizar o início dos trâmites para a construção do gasoduto do interior de São Paulo até Uberaba. A expectativa é do consultor Paulo Kazuo, que faz parte do grupo focado na elaboração do projeto federal para interiorização do gás.

Em Uberaba para apresentar detalhes da proposta ao empresariado local ontem, Kazuo concedeu entrevista à Rádio JM e informou que o grupo já calculou o preço que viabiliza o investimento para a implantação do gasoduto, mas resta agora a concordância do governo federal. Ele explica que, atualmente, o custo para levar o gás à indústria química já existente é de 9,50 dólares, enquanto é necessário o valor de R$7 dólares para a viabilidade do empreendimento. “É preciso ver de onde vai tirar a diferença. O governo tem que fazer as contas da questão tributária”, disse.

De acordo com o consultor, a reforma tributária e a fase de transição no regime tributário dificultam a análise. Por isso, é normal que o governo precise de um tempo para uma definição. No entanto, a expectativa é que a resposta seja dada antes do fim do ano. “Acredito que a definição sai antes de dezembro. Assim que definir as eleições municipais, o presidente deve tomar a decisão junto com o ministro Fernando Haddad como isso seria tratado, porque afeta não só Uberaba, mas o Brasil como um todo”, manifestou.

Kazuo explicou que o duto será construído na faixa do poliduto da Petrobras, que já possui licença ambiental. Desta forma, a perspectiva é que, após a decisão do governo federal sobre o preço do gás, seja possível dar início à obra no período de três a seis meses. “Começando a implantação, em dois anos constrói o ramal”, posicionou.

Já o ex-prefeito Anderson Adauto, que também integra o grupo focado no projeto de interiorização do gás, declarou estar confiante quanto às perspectivas. Segundo ele, quando o assunto começou a ser tratado em 2023, o custo para levar o gás era de 12,5 dólares. Com as articulações para trazer gás de outros países e até do Brasil, o aumento da oferta já fez o preço cair e está fácil chegar ao alvo para viabilizar o duto.

A prefeita Elisa Araújo (PSD) declarou que a parte do município já foi feita e agora aguarda o posicionamento do governo federal para a consolidação em Uberaba do polo gás-químico. Segundo ela, em paralelo, o trabalho para atração de investimentos ligados ao setor segue em andamento.

Lideranças são chamadas para discutir novas demandas

Com o objetivo de qualificar a mão de obra local para os empreendimentos previstos com a consolidação do gasoduto e do polo gás-químico, lideranças trabalhistas e representantes do setor empresarial estão sendo chamados para discutir as novas demandas e traçar políticas voltadas à formação profissional.

O sindicalista Marcos Mariano explica que uma reunião já foi realizada e outro encontro está programado para acontecer na terça-feira (23). “Estamos ouvindo as demandas, visando fazer um plano municipal para a formação de mão de obra técnica”, salientou.

Segundo Mariano, o Brasil enfrenta um momento de apagão da mão de obra técnica. Por isso, a proposta é se antecipar e capacitar os profissionais de Uberaba para ocuparem as vagas de emprego que serão ofertadas no mercado local a partir da concretização dos novos investimentos, inclusive para a valorização salarial dos trabalhadores.

Desta forma, o sindicalista afirma que é essencial a participação de trabalhadores, empregadores e também instituições de ensino públicas e particulares no fórum. “Assim podemos fazer um levantamento e nos estruturar com políticas públicas em parceria com a iniciativa privada”, finalizou.

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