Ministério da Justiça informou que a expectativa é que número aumente ao longo do dia com a continuação da desocupação
Banheiros químicos e caixas d'água montados no QG do Exército, em Brasília, serviam de apoio para bolsonaristas acampados (Foto/Lucyenne Landim/O TEMPO Brasília)
Bolsonaristas que foram retirados do acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília (DF), na manhã desta segunda-feira (9), foram levados para a Polícia Federal. Um comboio com dezenas de ônibus deixou o setor militar em direção ao local, distante cerca de 9 km. Segundo o Ministério da Justiça, já foram 1.200 presos. A expectativa é que o número aumente ao longo do dia com o restante da desocupação.
A operação foi feita pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal e pela Polícia do Exército. Foram usados carros blindados, polícia montada e grande contingente para cercar os manifestantes. A saída dos bolsonaristas do acampamento foi pacífica.
A medida aconteceu depois de ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na madrugada desta segunda(9), Moraes intimou os governadores de todos os estados a dissolverem os acampamentos de apoiadores de Jair Bolsonaro que ainda estão nas portas de quartéis-generais, e mobilizarem todas as forças de segurança (estaduais e federais) desobstruírem as vias públicas em um prazo de 24 horas.
O ministro pede ainda a identificação e punição de todos os envolvidos nos atos em um prazo de 48 horas, para isso pede que a Polícia Federal e estabelecimentos privados, como hotéis da região disponibilizem imagens de câmeras de segurança para que seja feito reconhecimento facial de participantes dos atos.
A decisão de Moraes, divulgada na madrugada desta segunda-feira (9), é a mesma que ordenou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo prazo de 90 dias após as cenas de vandalismo e a suposta omissão das forças policiais em conterem o ato terrorista.
Fonte: O Tempo